Dados técnicos do cenário agropecuário têm informado uma movimentação das cooperativistas a serviço do mercado, que tem representado um modelo de comportamento alternativo entre o mercado e trabalhador. As cooperativas estão em atuação juntamente com os seus instrumentos de viabilização de serviço, eliminando intermédios.

  Trata-se também de uma maior distribuição de renda ao trabalhador, uma vez que o excedente, antes apropriado pelos intermédios, é distribuído para os cooperados associados.

De acordo com pesquisas do agronegócio brasileiro, após a fase de crise, o cooperativismo rural no país teve um crescimento considerável, passando por uma renovação. Dentre os elementos que influenciaram a mudança, são apontados: a fusão ou integração das grandes cooperativas por cadeias produtivas, junto ao agronegócio, o desenvolvimento das cooperativas de crédito no meio rural e a criação da União Nacional das Cooperativas da Agricultura Familiar e Economia Solidária.

O gerente do departamento agronômico da Certrim (Cooperativa dos Empresários Rurais do Triângulo Mineiro), Oswaldo Neto, afirma que o notável crescimento das cooperativas nos últimos anos tem ajudado, principalmente, os pequenos produtores.

Recentemente as cooperativas têm desenvolvido uma economia solidária, em constante mobilização, no que se refere aos termos de criação de novos instrumentos de políticas públicas pelo governo.

Outro apontamento em destaque menciona o incentivo à organização e capacitação do setor, como sendo uma das prioridades do governo federal. O investimento deste para com o cooperativismo foi de cerca de R$ 30 milhões, o que consequentemente teve influência na promoção da inclusão social.

Segundo a secretária-executiva da Certrim, Ilca Pedrosa Rodrigues da Cunha, o movimento das cooperativas agrícolas estão crescendo, a cada dia, e com influências nas cobranças do governo. "Recebemos algumas exigências, e isso fez com que mais ações fossem desenvolvidas", acrescenta.

Ela ainda relata o grande desempenho da Certrim para com outras atividades, envolvendo várias entidades locais, setores ambientais, sempre em parceria com a Ocemg / Sescob (Organização das Cooperativas do Estado de Minas Gerais), de Belo Horizonte.

"De certa forma, todos os produtores estão em benefício com esse crescimento cooperativista. Esta pode ser mais uma chance para os pequenos produtores desenvolverem mais as suas atividades", finaliza Oswaldo Neto.