A Bahia acaba de ganhar um Centro Colaborador de Defesa Agropecuária, ampliando a rede de diagnóstico nas áreas de defesa sanitária animal, vegetal e inspeção de alimentos. O objetivo do novo modelo é que se tenha uma melhoria nos trabalhos da Defesa Agropecuária baiana, através da maior precisão nas análises da qualidade dos produtos. O Centro é uma iniciativa da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia, (Adab) junto a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), que visam também identificar com rapidez a ocorrência de doenças possibilitando as medidas de controle. Adab e EBDA são órgãos da Secretaria da Irrigação e Reforma Agrária
Para o secretário de Agricultura, gestor público Roberto Muniz, a estruturação de um Centro Colaborador é o sinal do início de um novo modelo de defesa agropecuária no estado, que tem como suporte a ciência e a tecnologia. Para ele, o Centro vai oferecer resultados confiáveis aos agricultores do estado. O diretor geral da Adab, Cássio Peixoto, foi um dos articuladores do projeto junto ao Ministério da Agricultura. Ele diz acreditar que a inclusão da EBDA no novo modelo credencia a Bahia para a incorporação de novas iniciativas, e com mais sustentabilidade. “É um novo momento”, avalia.
Um dos benefícios que o Centro Colaborador vai trazer ao Estado relaciona-se com a qualidade fitossanitária, porque o Brasil está constantemente sob ameaça de introdução de pragas quarentenárias, alem do agravamento das doenças de plantas que já existem. A Bahia, por exemplo, é livre da Mosca-da Carambola, praga que entrando no Estado atingiria os pomares de manga da região de Livramento de Nossa Senhora, a 720 Km de Salvador. O aperfeiçoamento na identificação de doenças vai contribuir para manter o Estado numa boa posição em qualidade fitossanitária, além de impulsionar as exportações.
A estrutura física já existe, instalada da EBDA, empresa que comporta os laboratórios que serão adaptados. Cássio Peixoto afirmou que serão realizadas algumas mudanças com implantação de instrumentos, de modo a tornar os laboratórios centros de referência nacional no assunto.
A necessidade de iserir o novo modelo de defesa no Estado, deve-se também a importância que o agronegócio tem para a economia do Brasil, representado um terço do PIB. O país caminha em direção à liderança mundial em agronegócio e para continuar sendo referência é preciso atuar de modo eficiente no controle das cadeias de produção, garantindo a qualidade e segurança dos alimentos.