Diante da crise global de liquidez, o presidente executivo da Itaú Unibanco Holding, Roberto Setubal, afirmou nesta segunda-feira que o novo banco formado pela fusão do Itaú e do Unibanco poderá ajudar no destravamento do crédito no Brasil, tanto para as empresas, quanto para o consumo.
"Estamos fazendo história no Brasil, construindo o maior banco do hemisfério Sul, com capacidade de ser global e importante no desenvolvimento do Brasil. Com a base de capital ampliada, o banco terá enorme capacidade de financiar as empresas e o consumo do Brasil", afirmou.
Pedro Moreira Salles, presidente do Conselho de Administração na nova holding, citou a compra do ABN-Amro Real pelo Santander como um catalisador para a decisão de unir as duas empresas.
"De pouco mais de um ano para cá as conversas se intensificaram. Quando o Santander ficou com o Real no Brasil, formou-se um novo tipo de concorrente de escala global. É difícil ter uma economia desenvolvida sem ter bancos grandes e fortes. Esperamos que este nosso passo seja um indutor para que eventos adicionais possam vir a ocorrer", disse Salles.
Ainda sobre os motivos do negócio, Setubal afirmou que a crise econômica criou uma oportunidade para acelerá-lo.
Sobre a nova organização do grupo, o executivo do Itaú disse que a intenção dos executivos é manter todas as agências existentes e que não haverá programas de demissão. Ele ainda afirmou que uma das primeiras ações que afetará o cliente será a integração dos caixas eletrônicos, para que os correntistas de Unibanco e Itaú possam utilizar os equipamentos com ambas as bandeiras.