Em meio às turbulências da crise financeira, os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos anunciam nesta quarta-feira o rumo que será dado às taxas de juros dos dois países. A expectativa dessas decisões dita o rumo dos mercados no dia.
No EUA, a maioria dos analistas espera que o Fed (Federal Reserve, o Banco Central do país) reduza sua taxa de juros para combater o crescente temor de recessão no país.
É a primeira reunião da instituição desde o último dia 8, quando o Federal Reserve (Fed), o Banco Central Europeu (BCE) e outros países reduziram suas taxas em meio ponto percentual, em uma ação coordenada para enfrentar a crise financeira.
Já no Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) aumentou os juros nas últimas quatro reuniões, como forma de combater a ameaça de elevação da inflação na esteira da elevação dos preços das commodities agrícolas e do petróleo.
No entanto, o quadro mudou radicalmente desde então - o preço do petróleo e dos alimentos diminuiu, mas a depreciação do real frente ao dólar manteve a ameaça de elevação do custo de vida. Com isso, o BC terá de buscar conter a inflação mesmo com o perigo do desaquecimento da economia, frente à freada já registrada nos países desenvolvidos.