Defensor do projeto da algaroba pelo seu alcance social, já que envolve milhares de agricultores familiares da região do semi-árido, o secretário estadual da Fazenda da Bahia, Carlos Martins, acompanhou Jaques Wagner na visita e ressaltou as vantagens da algaroba para dinamizar a economia regional.
"A Bahia saiu na frente e já adotou a isenção para estimular a cadeia produtiva. A algaroba permite a produção do carvão ecologicamente correto", explicou ao governador, chamando atenção para o potencial de geração de emprego e renda e de estímulo à agricultura familiar.
800 FAMÍLIAS
Segundo o coordenador da Riocon, o agrônomo Alessander Davi, só no Vale do São Francisco, na divisa da Bahia com Pernambuco, onde está instalada a fábrica da empresa, são mais de 30 mil hectares plantados, com cerca de 800 famílias de pequenos produtores já envolvidos na parceria com a empresa. Um contingente que pode beneficiar, facilmente, 5000 famílias da região.
Wagner se mostrou interessado em conhecer toda a potencialidade da cadeia produtiva da algaroba, questionando sobretudo em relação aos impactos ambientais. Alessander Davi mostrou todas as vertentes de exploração sustentável, frisando que o manejo racional (na vertente florestal) assegura a produção de energia limpa e carvão vegetal.
Antônio Carlos Rocha, diretor executivo do Instituto de Desenvolvimento Sustentável do Semi-Árido (IDAN), ONG criada com o objetivo de organizar, capacitar e transformar os catadores de algaroba em produtores, também destacou a importância da cadeia produtiva como alternativa econômica viável para a região.