Segundo o presidente do SENGE, Ubiratan Félix, o debate sobre o cenário de retomada dos investimentos em infra-estrutura pública na capital baiana pretende expor os impactos dessas ações em Salvador.
Para Félix, por um lado foram criadas as condições para a construção de uma Política Municipal de Habitação de Interesse Social que apesar de incorporar os instrumentos do Estatuto da Cidade não possui qualquer efetividade; e de outro tem alimentado um processo de boom imobiliário, que expressa uma elevada concentração da propriedade fundiária e a produção de segregações sociais exemplificadas pelos condomínios fechados.
"O resultado disso tem sido que a maior parcela da população que vive em situação de precariedade e informalidade não consegue acessar a terra urbanizada que conta com os serviços e infra-estrutura necessários a uma vida digna, sendo que essa produção fica restrita à uma pequena parcela da população de alta renda", Felix.
O debate prevê a participação de técnicos, acadêmicos com atuação nas áreas de urbanismo, geografia, engenharia, arquitetura, ciências sociais e demais interessados nas questões urbanas.