As ações da Petrobras, as de maior peso no pregão, foram das que registraram a maior desvalorização. Influenciado também pela queda na cotação do petróleo, o papel preferencial da petrolífera caiu 9,36%, de acordo com dados preliminares.
A turbulência acentuou a volatilidade dos negócios, fator já comum em dia de vencimento de opções, calibrando o giro financeiro para R$ 6,1 bilhões, o maior em setembro.
Petrobras, a mais importante do índice, foi a mais alvejada por ordens de venda. Também sob influência da queda do barril de petróleo para a casa dos US$ 95, as ações da companhia desabaram 9,12%, para R$ 29,99.
Vale, a outra ação mais negociada do mercado doméstico, perdeu 8,85%, a R$ 34. Mas a pior do dia foram os papéis da BM&F Bovespa, que desabaram 11,9%, a R$ 8,59.
Mantega participou da abertura do Fórum de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV).
O anúncio de falência do Lehman Brothers e da venda do Merril Lynch ao Bank of America por cerca de US$ 44 bilhões refletiu negativamente nos mercados. No Brasil, às 10h53, o Ibovespa tinha perdas de 4,55%, aos 50.010 pontos. O dólar, por sua vez, tinha valorização de 1,74% e era cotado a R$ 1,812.
Segundo Mantega, a crise de crédito americana é séria e vai continuar "produzindo estragos" nas economias mais maduras, que, para o ministro, são o epicentro das turbulências. "É, sem dúvida, a crise mais séria da economia mundial desde a 2ª Guerra", disse.
No entanto, Mantega destacou que o Brasil, assim como os outros emergentes, deve ser menos afetado pela crise. "Vai haver uma pequena desaceleração do crescimento em 2009 e o dólar vai continuar se valorizando ante o real", disse.
Porém, o ministro afirmou que não espera que a queda do real vá gerar pressões inflacionárias no País. "Isso está sendo compensado pela queda mundial no preço das commodities", disse.
Mesmo que a crise se prolongue, Mantega afirmou que o País está preparado para manter o crescimento sustentável. "Nossos fundamentos são sólidos".
Apesar de descartar qualquer medida imediata, o ministro disse que fará qualquer coisa para preservar a estabilidade da economia brasileira. "O governo possui um arsenal grande de medidas fiscais e monetárias. E ele vai usar para garantir a estabilidade da economia", completou Mantega.