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A Copasp produz peças ornamentais com valor agregado (Foto/Div)
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Entre as mais de 100 oportunidades de negócios expostas na Feira do Empreendedor 2008, em Londrina, chama atenção pelo brilho. São peças feitas com ametistas trazidas do município de Chopinzinho, no sudoeste do Estado. A Cooperativa de Pedras de Ametista do Sudoeste do Paraná (Copasp) é responsável pela confecção dos produtos expostos no evento.
Atualmente, 28 associados participam da Copasp, que retira as rochas de garimpos todos legalizados pelo Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM). A coorpativa comercializa as pedars em estado bruto ou transformadas em peças decorativas, acessórios e jóias. Os principais mercados são o Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Paraná. Mas a produção da cooperativa também já atravessou o oceano Atlântico e conquistou compradores na Itália e na China.
É nesse processo de expansão de mercado, que a Copasp participa da Feira do Empreendedor 2008. Segundo o presidente da Cooperativa, Donival Pedrozo de Lara, a participação em feiras é uma importante estratégia para dar visibilidade à produção.
"Quando você participa de exposições, você está divulgando seu produto e você começa a crescer. A Feira do Empreendedor será uma oportunidade para divulgar nossas peças tanto entre pessoas que vêm para comprar como para conhecer", diz.
Segundo Donival, a proposta da Feira do Empreendedor e a oportunidade de participar do evento veio ao encontro do que a Copasp busca. "É a primeira vez que participamos de um evento desse nível e acredito que vamos fazer uma boa exposição."
InícioA Codasp começou em 2005 como resultado de um "susto". "Antes explorávamos as jazidas de uma forma ilegal e o IAP (Instituto Ambiental do Paraná) fechou os garimpos e isso foi um impacto para muitas famílias que estavam ganhando dinheiro", relembra Donival. Mas o presidente é categórico e diz que graças a esse episódio que a Cooperativa foi fundada.
"Foi bom por que conseguimos buscar informações e hoje estamos conseguindo expor e divulgar nossa produção. Isso é um orgulho pra nós", ressalta. Com o apoio de entidades, dentre as quais o Sebrae no Paraná, as famílias buscaram conhecimento e começaram a explorar os garimpos de forma mais organizada. Várias ações foram realizadas. Foram cursos de capacitação para o beneficiamento da ametista. Hoje, 80 pessoas trabalham na transformação de parte do produto retirado do solo e das minas. "É uma oportunidade de trabalho e renda para essas pessoas", assinala Donival.