Economia

SISTEMA COOPERATIVISTA PASSA AO LARGO NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS DA BAHIA

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| 12/08/2008 às 09:06

Nesse momento das eleições municipais, os candidatos a prefeito apresentam propostas  para as áreas base - habitação, saúde, educação, transporte e desemprego - visando a inclusão social para todos.


Mas, fala-se pouco ou quase nada sobre cooperativismo, forma de inclusão social justa e solidária baseado na cooperação, na ajuda mútua entre pessoas diferentes com habilidades diferentes, porém com objetivos recíprocos. 


O cooperativismo não está presente nos planos de governos dos candidatos baianos, salvo raríssimas exceções. Nem os candidatos do PT, estão rezando a cartilha do presidente Lula, este grande defensor do sistema cooperativista.


"Cooperativismo é lembrado quase sempre como um setor da economia miúda, perdido na escala das megas e grandes empresas. Ele pode ser visto assim. Pode ser visto também como um pequeno escudo de defesa. Mas eu acredito que, acima de tudo, o cooperativismo é uma importante alavanca de conquista de um desenvolvimento mais equilibrado para o Brasil. Exatamente por isso, este governo está trabalhando para fortalecer sua presença no país, com medidas que modernizem o sistema cooperativo, credenciando-o a desempenhar um papel relevante na coordenação da economia nacional". (Lula).


 O presidente assinou no último 4 de julho mensagens encaminhadas ao Congresso Nacional sobre dois projetos de lei com novas regulamentações para o setor cooperativista. Um isenta as cooperativas do pagamento de vários impostos e o outro regulamenta o ato cooperativo.


"Fortalecer a estrutura do cooperativismo é parte indissociável de uma política de desenvolvimento comprometida com a solidariedade e a justiça social".(Lula)


 O presidente da OCB-GO Antonio Chavaglia enviou na última semana aos dirigentes cooperativistas goianos uma minuta de projeto de lei para a criação de leis cooperativistas nos municípios goianos.


A idéia é aproveitar o debate eleitoral deste ano para incentivar candidatos a prefeitos e vereadores a conhecer melhor o cooperativismo e propor leis que contemplem o modelo produtivo cooperativista nas cidades.


"Precisamos aumentar nossa base de representação e não há outro meio senão o de nos aproximarmos e elegermos políticos com comprometimento com o setor cooperativista e suas respectivas comunidades", afirmou o presidente no documento encaminhado aos presidentes de cooperativas filiadas ao Sistema OCB/SESCOOP-GO.


A minuta sugere uma série de medidas de amparo ao desenvolvimento do cooperativismo nos municípios, contemplando desde os aspectos tributários até o estabelecimento de uma política educacional para o setor.


Chavaglia chamou atenção no documento para o cuidado da abordagem aos candidatos na apresentação da proposta. "Devemos buscar sempre nesse diálogo com os candidatos o apoio institucional ao cooperativismo, evitando fazer negociações partidarizadas que comprometam a relação das cooperativas com os candidatos na cidade. Essa premissa é fundamental para o cooperativismo".


Portanto, por que não copiar uma boa idéia?  


Candidatos a prefeitos e vereadores não podem deixar de debater e incluir nos seus planos de governo o Sistema de Cooperativas. Trata-se de uma realidade que faz parte da economia nacional, como alternativa para minimizar a questão do desemprego e devolver a alto estima de milhares de cidadãos principalmente os que moram em bairros carentes, desenvolvendo projetos voltados para criação de cooperativas de reciclagem, de marcenaria, padaria, de teatro, de dança, de costureiras e educacionais.


Tudo de forma profissional e orientada, observando tanto as carências quanto o potencial de cada comunidade fazendo com que esta interaja e mostre que é possível sim esta transformação social propiciando uma melhor qualidade de vida para estas pessoas sempre pautando-se nos princípios que regem a doutrina cooperativista.


Em Salvador, a vitrine da eleição, o cooperativismo estava passando ao largo.