Miudindas Globais do III Congresso Brasileiro da Mamona:


  1. A Bahia está acreditando mesmo na mamona como cultura agrícola capaz de transformar a realidade econômica do sertão, inserindo a população mais pobre, no processo produtivo brasileiro.

  2. Através da EBDA, empresa do Governo vinculada a Secretaria de Agricultura, lançou, perante cerca de 350 técnicos e pesquisadores de todo o País e da America Latina, duas variedades genéticas da mamoeira, que devem proporcionar um salto qualitativo na atividade, com as seguintes características:

  3. MPB - Mamona de Porte baixo - a planta tem altura de somente 01 metro, produz com 96 dias e alcança 2.500 kg de produtividade por ha, podendo ter plantio e colheita mecanizada, o que viabiliza a entrada forte dos empresários modernos no ramo.

  4. MPA - Mamona de Porte Alto - planta com 1,29 m de altura, produz aos 162 dias e alcança produtividade de 1.900 kg/ha, é indicada para a agricultura familiar, podendo ser consorciada com cultivo de feijão e milho.

  5. Dados da variedade usada no momento para efeito de comparação: tempo de produção, 160 dias; 800 kg/ha de produtividade.

  6. A Mamona no Contexto do Brasil e do Mundo foi o tema da conferência que abriu o segundo dia do III Congresso Brasileiro de Mamona, Energia e Ricinoquímica, que começou ontem (05) e vai até amanhã (07), no Bahia Othon Palace Hotel, em Salvador, numa promoção do Governo do Estado, através da SEAGRI, e da EMBRAPA.

  7. O evento conta com a participação de 600 estudiosos e pesquisadores de todo o Brasil, inclusive representantes de 10 outros países, principalmente da America Latina. Foram selecionados 199 trabalhos técnico-cientificos, os quais tratam desde o cultivo da mamona nas diversas regiões do Brasil, até a sua complexa industrialização, pois existem cerca de 500 usos identificados para o vegetal.

  8. A programação do Congresso uma série de atividades simultâneas, como painéis, mini-cursos e mesas-redondas, além da área de exposição, com estandes de entidades de pesquisas.

  9. O ex-ministro de Desenvolvimento Agrário e atual diretor de produção da
Petrobrás Biocombustível, Miguel Rossetto, abriu os trabalhos do
dizendo que a meta do novo braço da Petrobras é produzir biodiesel com até 30% de mamona, com base na produção familiar. Para isso, a empresa pretende estimular o associativismo e o cooperativismo entre os pequenos produtores.

  10. "Tenho grandes expectativas para o Congresso, como difusor de tecnologias e
fórum de discussões, assim como para a mamona, uma oleaginosa com muitos
diferenciais competitivos", afirmou Rossetto.

  11. A Petrobras Biocombustível inaugurou este mês a sua primeira usina, situada
em Candeias, no Recôncavo Baiano. Com capacidade instalada para processar
174 mil metros cúbicos de biodiesel para atender ao Nordeste brasileiro a
usina deverá começar a operar em agosto. As outras duas plantas industriais
estão sendo instaladas em Quixada, no Ceará, e Montes Claros, em Minas
Gerais.

  12. A estratégia da empresa, segundo Rossetto, é estimular o associativismo e o
cooperativismo entre os fornecedores da matéria-prima para garantir a
produção em escala.
 
  13. "Queremos estabelecer com esses produtores uma relação
de longo prazo, econômicamente justa, social e ambientalmente correta",
afirma. Cada unidade da Petrobras Biocombustível estará ligada a,
aproximadamente, 20 mil produtores que podem, a depender da área plantada e
da produtividade, alcançar uma renda média de R$1,5 mil mensais, cada.

  14.No processo produtivo, a Petrobras fornece a semente e garante a compra. O
preço pago está em torno de R$0,88 o quilo.

  15. A programação do III Congresso Brasileiro de Mamona inclui uma série de
atividades simultâneas, como painéis, mini-cursos e mesas-redondas, além da
área de exposição, com estandes de entidades de pesquisas.

  16. O pesquisador da Embrapa Napoleão Beltrão fez um panorama que abrangeu desde a vinda da oleaginosa da África para o Brasil, após o descobrimento, para lubrificar as rodas dos carros-de-boi que transportavam cana de açúcar até os atuais problemas enfrentados no mundo como a degradação do solo, o incremento nos preços dos alimentos e a falta de água.

  17. Beltrão defendeu o uso da mamona, pois se trata de uma planta tolerante a seca, tem alta variabilidade, se adéqua a diferentes ambientes e pode ser cultivada por pequenos e grandes produtores. "Houve um grande aumento da viabilidade da mamona mundial, porém tanto no Nordeste, como em todo o Brasil, a cultura ainda precisa ser mais estimulada", disse.

  18. A Bahia é o 3º produtor mundial de mamona, com área plantada de 141.090 hectares, sua produção é de 124.090 toneladas e tem rendimento de 880 kg/hectare, somente perdendo para a China e India.

   19. E olhe que algum dia, já faz tempo, atirava de badogue com carroços de mamona nativa. Naquela época não servia pra nada.