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Segundo dados apresentados no 7º Concredi (Congresso Brasileiro de
Cooperativismo de Crédito, realizado em Fortaleza- CE, cada vez mais, o número de clientes público-alvotanto de bancos como de cooperativas de crédito amplia-se rapidamente. Os motivos seriam a estabilidade econômica e regras mais flexíveis.
Até a década de 90, bancos e operadoras trabalhavam com públicos
distintos, sendo que as cooperativas, por restrições legais, se
estabeleciam perante públicos homogêneos, como funcionários públicos e
produtores rurais. Já os bancos ficavam com as faixas de empresas mais
organizadas e pessoas físicas, em geral, desde que assalariados com
carteiras assinadas.
Hoje, os bancos começam a enxergar micro e pequenas empresas, pessoas
físicas com baixa renda e até mesmo empreendedores informais, como
segmentos importantes de negócios. Na contrapartida, as cooperativas
já trabalham com um público mais heterogêneo.
ESTRATÉGIA
Por conta do mercado competitivo, a doutora em Marketing Cooperativo e
pesquisadora da Universidade de HEC, Montreal (Canadá), Imaculada
Buendia Martinez, acredita que os sistemas cooperativos precisem
estabelecer estratégias que tornem as respectivas marcas e serviços
conhecidos da população.
"Trata-se na verdade da construção de
estratégias que permitam um relacionamento de longo prazo entre as
cooperativas e seus associados e consumidores em geral de seus
serviços. O que só é possível com foco na satisfação das necessidades
da clientela", explicou.
Ela disse ainda que é preciso investir em um sistema de informações
que aproxime o mercado dos responsáveis pelas decisões das
cooperativas e acrescentou que as mudanças no setor precisam ser
rápidas, já que a previsão para 2015 é que o público-alvo comum entre
bancos e cooperativas se amplie.