Os dados do Ministério do Trabalho mostram que o número total de vagas com carteira assinada estava em 24,8 milhões no fim de 2004; 26,1 milhões no fechamento de 2005; 27,3 milhões no fim de 2006 e 28,9 milhões no final do ano passado. Em abril deste ano, o estoque de vagas existentes no mercado estava em 29,8 milhões.
"Isso mostra a pujança da economia brasileira. Mas claro que falta muito a ser feito", admitiu o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, ao divulgar os números, lembrando que a população brasileira beira 190 milhões de pessoas. Entretanto, recordou que os números do Caged não englobam os servidores públicos da União, estados e municípios e, também, os trabalhadores autônomos.
Conforme já informado anteriormente pelo Ministério do Trabalho, mais de 1 milhão de vagas foram abertas de janeiro a maio deste ano, recorde absoluto da série histórica do Caged para este período, que tem início em janeiro de 2004. Foram criados exatos 1,05 milhão de empregos com carteira assinada nos cinco primeiros meses deste ano.
O setor econômico que mais contribuiu para a abertura de vagas no acumulado deste ano foi o de Serviços, com 365 mil vagas abertas, contra 289 mil em igual período de 2007. "O setor de Serviços tem sido muito forte no Brasil. São os hotéis, os restaurantes, o setor de Educação", disse Lupi a jornalistas.
A indústria de transformação, por sua vez, gerou a criação de 265 mil empregos formais neste ano, contra 271 mil em igual período do ano passado. A construção civil teve forte crescimento em 2008, com 160 mil vagas abertas de janeiro a maio deste ano, contra 79 mil em igual período de 2007. Já o Comércio foi responsável pela abertura de 83 mil empregos com carteira assinada até maio de 2008, na comparação com 68 mil no mesmo período do ano passado.
O ministro do Trabalho manteve a previsão de que o número total de empregos criados neste ano ultrapasse a marca de 1,8 milhão - o que representaria novo recorde histórico. Em 2007, atual recorde para um ano fechado, foram abertas 1,61 milhão de vagas com carteira assinada. Para ele, a economia brasileira terá crescimento superior a 6% em 2008.
"A inflação é preocupante. É contra o assalariado. Também é resultado de uma demanda aquecida. Inflação não é bom, mas muita gente está podendo comprar aquilo que não podia comprar. Para o mercado de trabalho, quando tem uma pequena variação de inflação, pode resultar em mais recursos circulando, mais gente comprando, mais venda e mais emprego. Quando essa variação é pequena de 0,5 ponto percentual a 1 ponto percentual a mais. É preocupante [o crescimento da inflação] se tem continuidade. A ação do BC e do governo é de manter inflação baixa e sobre controle", disse