Numa audiência pública que está acontecendo no auditório do anexo Emmerson José, no edifício Bahia Center, na Rua Ruy Barbosa, a Câmara Municipal coloca em debate o Programa de Revitalização da Baixa dos sapateiros e da Barroquinha.
A audiência foi requerida e está sendo dirigida pelo vereador Reginaldo Oliveira (PC do B) e deverá contar com a participação de representantes da Associação do Lojistas da Baixa dos Sapateiros-Albasa, autoridades municipais e moradores da área.
O objetivo é oferecer sugestões que venham contribuir para reativar o comércio na área da Baixa dos Sapateiros e da Barroquinha. Os dois logradouros já foram importantes centros de comércio popular e encontram-se hoje em franca decadência.
A Baixa, há cerca de 20 a 30 anos atrás, recebia inclusive caravanas do interior do Estado com pequenos comerciantes que vinha fazer compras nas suas incontáveis lojas e revender as mercadorias em cidades interioranas. Era também conhecida pelos seus cinemas - como o Jandaia, Olympia, Pax e Tupi -, que ofereciam filmes para todos os gostos.
A partir dos anos 90, a área da Baixa dos Sapateiros entrou numa fase de decadência que se prolonga até os dias de hoje. Antes disso, nas décadas de 30 e 40, a Rua cujo nome oficial é J.J. Seabra (ex-governador do Estado), era ponto de desfile e de compras das classes média e alta, que freqüentavam as famosas matinês do cinema Olympia e as apresentações teatrais do Cine Teatro Jandaia, um dos prédios mais vistosos do Centro Histórico.
A Baixa dos Sapateiros, eternizada numa canção de Ari Barroso, ligava os principais terminais rodoviários da cidade: a estação das Sete Portas e o terminal da Barroquinha, sendo via obrigatória para milhares de pessoas. Época de um comércio vibrante e dos mais concorridos. Com o passar dos anos, outras áreas comerciais foram surgindo em Salvador, e a Baixa foi perdendo os atrativos e hoje busca a revitalização.
===========================================================================================================================