Economia

SERVIDORE DIZ QUE IAF TEM BONS SERVIÇOS PRESTADOS, MAS ESTÁ RADICAL

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| 12/05/2008 às 18:34
Mensagem:  Gostaria que fosse publicado esta carta que retrata o clima implantado pelo IAF. Prezados colegas auditores fiscais: Quando participamos da assembléia de constituição do IAF, em junho de 2006, tivemos a impressão de que nascia ali, uma instituição que viria ocupar uma aludida lacuna na defesa dos interesses do auditor fiscal, notadamente na ressalva de suas atribuições específicas e no resgate de sua importância, tanto diante do governo estadual, quanto da sociedade, de um modo geral.

  De muitas ações desenvolvidas, foram e serão aprováveis as interferências junto ao governo, na busca de negociações por uma remuneração digna e compatível com a nossa importância para os interesses do Estado. Citemos, ainda, o excelente nível dos seminários produzidos, proporcionando informação de qualidade, tarefa indispensável que a SEFAZ deixou de cumprir. Entretanto, outras medidas que vem sendo tomadas estão desalinhadas com o objetivo da sua fundação.

  Entendemos que a pretensa defesa dos interesses de uma categoria não autoriza ofensas, de qualquer ordem, a nenhum colega ou a qualquer outro segmento. Muito menos concebemos a idéia de defesa de interesse a qualquer preço, recusamo-nos a concordar que estamos em guerra. Não foi esse o IAF que nós ajudamos a criar. Não é esse o IAF que nos representa.
 
   As últimas deliberações do Instituto extrapolam os limites da ética, da tolerância e da arrogância. Incentivar colegas a boicotar os cursos organizados pela UCS, por puro bairrismo, certamente foi uma recomendação infeliz que não leva a nenhuma construção positiva. Neste ato, queremos repudiar todo e qualquer comportamento que espelhe muito mais as frustrações e retaliações de cunho individual do que a vontade coletiva e a expressão do bom senso.

   Uma assembléia realizada em Salvador, apenas, não pode retratar o que pensam os auditores de toda a Bahia. Por que não foram regionalizadas essas reuniões? No interior do Estado vivemos uma realidade bem diferente dessa que transparece acontecer na capital. Especialmente no âmbito da fiscalização de mercadorias em trânsito, auditores fiscais e agentes de tributos têm uma convivência harmoniosa, dentro dos limites do respeito e da urbanidade, apesar de conscientes da diferença que os separa, tanto em atribuição quanto em remuneração.
 
    Falamos da Fiscalização de Mercadorias em Trânsito para enfatizar uma outra discriminação ridícula que alguns colegas insistem em fazer entre "auditor de comércio" e "auditor de trânsito". Saibam, todos, que as IFMT devem ser tomadas como uma boa referência, pois, nunca antes, na SEFAZ, este setor esteve tão valorizado. Ressalve-se que, com a obrigatoriedade de emissão da Nota Fiscal eletrônica, a importância desse controle fiscal levou a Receita Federal a adquirir e ceder às 27 Unidades Federativas, em comodato, 3000 computadores, dos quais 170 couberam à Bahia e já estão em pleno funcionamento nos seus Postos Fiscais.

   A implantação, pela GETRA/UCS dos cursos de capacitação/integração, exclusivo para todos os servidores do Trânsito, já em andamento, com pleno sucesso, é merecedora de elogios, apesar dos ataques sofridos pelos gestores desses órgãos. A luta contra a carreira única, tão maciçamente defendida pelo IAF, tem sido confundida, de forma lamentavelmente equivocada, com a tese generalizada de qualificação superior do AF e inferior do ATE.

   Lembremos que cargo, por si só, não garante qualidade. Há que distinguir, apenas, as atribuições inerentes à atividade fiscalizadora. Finalizando, pedimos aos colegas que estão tendo a oportunidade de participarem das deliberações das "assembléias da capital", que se despojem da emoção negativa que tem caracterizado as últimas decisões. Certamente, um número considerável de auditores, em nosso Estado, não concorda com a forma como as coisas estão sendo conduzidas.

   Ficamos a imaginar a hipótese, ainda pior para nós, de vermos, frente a frente, IAF 1 x IAF 2, ou seja, por orgulho e vaidade, construiríamos uma nova "torre de babel". É preciso haver equilíbrio e serenidade para analisar os fatos e que as deliberações sejam menos susceptíveis à influência dos exaltados. Queremos a paz e, a partir dela, o que nos é de direito. Atenciosamente, Paulo Adan Fiorentini ([email protected])