Economia

DESEMPREGO NA RMS CAI DE 22.3% PARA 20.9% NOS ÚLTIMOS 12 MESES

Demais setores da economia tiveram redução
| 27/03/2008 às 07:01
  Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED) aponta uma redução no nível de desempregados na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que passou de 22,3%, em fevereiro de 2007, para 20,9%, em fevereiro deste ano. O resultado é reflexo da saída de 10 mil pessoas da situação de desemprego, nos últimos 12 meses.
 

   No período, foram criados 80 mil postos de trabalho. Em termos setoriais, os serviços criaram 9 mil vagas (1,1%), o agregado "outros setores" gerou 20 mil postos de trabalho (9,7%), o comércio teve expansão de 30 mil ocupações (13,7%) e a indústria, 21 mil ocupações (17,8%).


  Na comparação entre os dois últimos meses deste ano, a PED aponta um aumento do nível de desempregados, que passou de 19,8%, em janeiro, para 20,9% da População Economicamente Ativa (PEA), em fevereiro. Apesar do crescimento, essa ainda é a segunda menor taxa de desemprego encontrada para os meses de fevereiro, ficando apenas acima de fevereiro de 1997, quando alcançou 19,9% da PEA.


  NÚMEROS DA SEI

  Os números foram divulgados, na uarta-feira (26), pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento, em conjunto com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) e a Faculdade de Ciências Econômicas da Ufba.


  O contingente de desempregados em fevereiro foi estimado em 388 mil pessoas, 19 mil a mais do que o mês anterior, como resultado da eliminação de 26 mil ocupações, atenuada pela saída de 7 mil pessoas da disputa por uma vaga no mercado de trabalho.


  Entre os setores de atividade, o comércio foi o único que teve saldo positivo na geração de trabalho, com mais 3 mil vagas (1,2%). Os demais setores da economia tiveram redução: agregado 'outros setores', que inclui serviços domésticos, construção civil e outras atividades, eliminou 8 mil ocupações (-3,4%), os serviços, 20 mil postos de trabalho (-2,3%), e a indústria, mil postos (-0,7).


  O rendimento médio aumentou tanto para os ocupados (2,1%), quanto para os assalariados (2,3%), passando a para R$ 894 e R$ 1.012, respectivamente.