"A Bahia não aproveitou os juros mais baixos, a expectativa positiva do empresariado e a facilidade do crédito. O resultado disso foi a perda de inúmeros investimentos para outros estados, sobretudo Pernambuco. Para o estado do Nordeste, a Bahia perdeu o pólo têxtil, cujos investimentos são da ordem de US$3,5 bilhões, bem como a implantação da fábrica de PTA (investimento de US$580 milhões), cuja matéria prima é fabricada em Camaçari; a suspensão da produção de resina PET, PVC e resina pela Braskem, cuja produção foi para os estados de Alagoas e Rio Grande do Sul, respectivamente; a implantação do complexo acrílico no estado de Minas Gerais, a restrição da oferta de gás para o Pólo Petroquímico de Camaçari.
Este é o resultado da indústria baiana, que vem perdendo importantes investimentos, geração de emprego e renda perde, enquanto o governo do Estado assiste a tudo isso inerte", disse Bacelar.
PAC
De acordo com o deputado, a Bahia sequer é contemplada com grandes investimentos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), desenvolvido pelo governo do aliado e amigo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vimos, no PAC, investimentos para promover o desenvolvimento da Bahia, como ocorre em outros estados. A Refinaria Landulpho Alves deveria ser ampliada para oferecer mais nafta ao Pólo Petroquímico e isso não ocorreu.
O Pólo Petroquímico de Camaçari é preterido e perde competitividade para pólos do sudeste como o de Paulínia (SP) e o do Rio de Janeiro, que começa a operar em 2012. Ou seja, estamos perdendo investimentos para regiões que sequer tem tradição petroquímica por falta de uma política agressiva do governo do estado. Vivemos a época da subserviência aos planos federais, os baianos é que perdem seus empregos por falta de atitude do Estado que assiste tudo complacentemente", concluiu.