Economia

DEPUTADO LAMENTA QUE A BAHIA ESTEJA PERDENDO INVESTIMENTOS PARA NE

Veja os indicadores
| 13/03/2008 às 14:10
  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) detectou um crescimento da produção industrial da Bahia em apenas 0,5% em janeiro de 2007 a janeiro de 2008, enquanto a média nacional chegou a 8,5%. Hoje, a média de crescimento da Bahia é maior apenas que o estado do Ceará (que teve tava negativa de 2,3%). O estado perde para a média do Nordeste (3,7%), Goiás (3,8%), Pará (6,6%) e para o principal centro de captação de investimentos na região, o estado de Pernambuco (12,6%).

  Para o vice-líder da Oposição, deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN), a reversão no desenvolvimento industrial do estado se deve à falta de políticas públicas arrojadas, sobretudo para atração de novos investimentos, bem como uma falência total da infra-estrutura do Estado.


  "A Bahia não aproveitou os juros mais baixos, a expectativa positiva do empresariado e a facilidade do crédito. O resultado disso foi a perda de inúmeros investimentos para outros estados, sobretudo Pernambuco. Para o estado do Nordeste, a Bahia perdeu o pólo têxtil, cujos investimentos são da ordem de US$3,5 bilhões, bem como a implantação da fábrica de PTA (investimento de US$580 milhões), cuja matéria prima é fabricada em Camaçari; a suspensão da produção de resina PET, PVC e resina pela Braskem, cuja produção foi para os estados de Alagoas e Rio Grande do Sul, respectivamente; a implantação do complexo acrílico no estado de Minas Gerais, a restrição da oferta de gás para o Pólo Petroquímico de Camaçari.

  Este é o resultado da indústria baiana, que vem perdendo importantes investimentos, geração de emprego e renda perde, enquanto o governo do Estado assiste a tudo isso inerte", disse Bacelar.


   PAC

  De acordo com o deputado, a Bahia sequer é contemplada com grandes investimentos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), desenvolvido pelo governo do aliado e amigo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. "Não vimos, no PAC, investimentos para promover o desenvolvimento da Bahia, como ocorre em outros estados. A Refinaria Landulpho Alves deveria ser ampliada para oferecer mais nafta ao Pólo Petroquímico e isso não ocorreu.

  O Pólo Petroquímico de Camaçari é preterido e perde competitividade para pólos do sudeste como o de Paulínia (SP) e o do Rio de Janeiro, que começa a operar em 2012. Ou seja, estamos perdendo investimentos para regiões que sequer tem tradição petroquímica por falta de uma política agressiva do governo do estado. Vivemos a época da subserviência aos planos federais, os baianos é que perdem seus empregos por falta de atitude do Estado que assiste tudo complacentemente", concluiu.