"Isso significa que o produtor agrega uma renda anual de R$ 3.500,00, o que equivale a quase R$ 300, 00 por mês. Pode até parecer irrisório, mas a repercussão é enorme porque representa 50% a mais no faturamento de cada família", explica o presidente da Cooperafa, Jean Samel Rocha. Na divisa com Minas Gerais, esta cooperativa reúne produtores de vários municípios dos dois estados.
Estes produtos fazem parte da merenda escolar de 62 mil alunos de 197 escolas da região e também serão distribuídos ao longo do ano para entidades assistenciais. Com o apoio do Sebrae no Rio de Janeiro e do Programa Fome Zero, a Cooperafa começou a vender para o governo em 2005, quando foram comercializadas apenas 10 toneladas de mel. De lá para cá, o volume de negócios tem sido crescente.
"Isso representa um fôlego importante para os produtores porque significa garantia de compra, de preço e escoamento da produção e também é fundamental para criar a cultura do consumo dos produtos locais", avalia o gestor do projeto Apicultura do Norte e Noroeste Fluminense, José Maurício Apolônio Soares, do Sebrae de Itaperuna.
A Cooperafa já tem uma carteira com mil clientes e, para não depender apenas da compra do governo, trabalha para expandir ainda mais sua área de atuação com o comércio tradicional. Representantes de vendas já atuam nas regiões Noroeste, Serrana, Lagos e Grande Rio, Zona da Mata mineira e Espírito Santo.
"Com a ajuda do Sebrae, organizamos a nossa estrutura e eliminamos a figura do atravessador e com técnicas adequadas de manejo, houve um aumento significativo da produção. Queremos dobrar nosso faturamento e por isso trabalhamos com uma meta de R$ 1milhão este ano", diz com confiança Jean Samel Rocha.
Entre as estratégias, a Cooperafa trabalha ainda para ampliar o número de participantes e fechar parcerias com outras cooperativas para aumentar cada vez mais a oferta de produtos.