"Realmente tem um custo bem mais elevado. Isso poderá no futuro dar uma pequena alteração de tarifa energética", disse Lobão.
Essa pedra o deputado José Carlos Aleluia (DEM) já vinha cantando há dias, inclusive assegurando que haverá apagão e a responsável por ele será a ministra Dilma Roussef, da Casa Civil.
ENTENTA O
AUMENTO
Na falta do gás boliviano, em setembro a termelétrica de Cuiabá (MT) foi desativada. Agora, terá que operar com óleo. É uma das medidas tomadas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico. Outras termelétricas serão acionadas se a energia não for suficiente.
O sinal dos reservatórios já foi dado. O ONS (Operador Nacional do Sistema) confirma que no Sudeste, no Centro-Oeste e no Nordeste o nível dos reservatórios está abaixo do mínimo necessário para o abastecimento. Mas a falta pode ser compensada com transferência de energia de outras regiões.
O governo também vai comprar energia em leilões. Baixou um decreto regulamentando a contratação de estoques de reserva.
Para o especialista em energia Luiz Pinguelli, diretor do Coppe/UFRJ, não há risco de apagão a longo prazo, mas o governo precisa tomar outras medidas.
"[O governo precisa ter] Um plano de eficiência energética, de racionalização de energia. Racionalização não é obrigar as pessoas a fazerem coisas, mas substituir equipamentos por outros mais eficientes, que existem no mercado", afirma.
Lobão, que assume o cargo na segunda-feira (21), disse que recebeu do presidente Lula liberdade absoluta para montar sua equipe e já avisou que, em quinze dias, resolve as substituições da Eletrobrás, Eletronorte, Eletrosul, Furnas e Petrobras. As indicações serão do PMDB.