Após três anos de sucessivas quedas na oferta de gás, a Bahia dá um salto e passa de uma média de 3,3 milhões para 5,1 milhões metros cúbicos por dia de gás. Amanhã já estará disponível no mercado mais 1,6 milhão de metros cúbicos do combustível. O crescimento é fruto do convênio assinado hoje (5), entre o Governo da Bahia e a Petrobrás, que determina as principais condições comerciais dos contratos de compra e venda do gás.
O termo foi assinado entre o governador Jaques Wagner e o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, na Fundação Luís Eduardo Magalhães. Eles assinaram também um contrato de incentivo ao cultivo e garantia de compra da produção de grãos de mamona, girassol e óleo de dendê com 28 mil cooperativas de agricultores familiares, para a produção de biodiesel.
A Petrobrás firmou, ainda, com a Secretaria de Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri) um protocolo de intenções para a realização de um estudo técnico que avalie a possibilidade de implantação de uma usina de produção de álcool na Bahia, voltada para exportação.
"Esse convênio põe o estado em uma boa posição para a atração de novos investimentos, já que esta é uma matriz energética atraente. Garantir um aumento de quase 50% da oferta de gás é um avanço para o estado. São parcerias entre o governo e a Petrobrás que garantem a geração de empregos, a chegada de novas tecnologias e fortalecimento da economia", disse o governador Jaques Wagner.
Na Bahia, 89% do gás natural é utilizado pela indústria, 9% para abastecimento de veículos e 1% para outros fins. De acordo com o presidente da Petrobrás, Sérgio Gabrielli, a Bahia pode ser pioneira nesse tipo de contrato porque é o estado que mais produz gás natural.
"O aumento no volume de gás natural no contrato com a Bahiagás foi possível devido à entrada em operação, este ano, do campo de Manati, que agregou um volume adicional de seis milhões de metros cúbicos por dia de gás natural à produção nacional", afirmou Gabrielli.