Economia

CRISE DO GÁS DEVERÁ SER DEBATIDA NA UNIFACS NESTA QUINTA-FEIRA, 29

A falta de infra-estrutura é a maior queixa. Acrescida com a carência do gás.
| 28/11/2007 às 15:28
    É preocupante a possível crise de energia elétrica e gás. Está previsto para esta quinta-feira, 29, em evento da UNIFACS, a presença do diretor afastado, em setembro, da Diretoria de Gás e Energia da Petrobras, Ildo Sauer, o qual vai abordar esses temas vitais para a economia brasileira.
 
    Face a recente corte no fornecimento de gás a indústrias no Rio, ao setor automotivo, à situação dos reservatórios para geração de energia e o depoimento, do Vice Presidente das Unidades de Insumo da BRASKEM, Manoel Carnaubas Cortez, tambem Presidente do COFIC sobre ameaças ao pólo industrial de Camaçari, durante audiência Pública na Comissão de Infra-Estrutura e Desenvolvimento Econômico, tudo é preocupante.
 

      Na próxima semana, o Pólo industrial de Camaçari comemora 30 anos, mas ao que parece a data não será comemorativa, ao menos no que diz respeito a infra-estrutura e competitividade do local.

      Muitas queixas na Comissão de Infra-estrutura Desenvolvimento Econômico e Turismo presidida pelo deputado Júnior Magalhães, em audiência que estiveram presentes o presidente do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), Manoel Carnaúba; Superintendente de Indústria e Mineração (SICM), Antonio Carlos Matias; representante da Bahiagás, Celestino Boente; diretor executivo da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, além de representantes de algumas empresas do complexo, como Taminco, Dupon, Elequeiroz, entre outras.


   O pólo corresponde hoje a 30% do PIB baiano, oferece 13 mil empregos diretos e tem um faturamento anual de R$ 14 bi por ano.  Conforme o presidente do Cofic, Manuel Carnaúba, no entanto, o pólo tem perdido concorrência e investimentos para outros estados devido à precariedade de sua infra-estrutura.

   Problemas como volume acumulado de dívidas, logística, demora no fornecimento de gás, e formação de mão-de-obra foram citados como as principais causas. "Não dá para continuar vivendo no Brasil com essa guerra fiscal. Temos diversos problemas e hoje um centavo de dólar faz toda a diferença. Se não tivermos investirmos em tecnologia de ponta não teremos condições", sintetizou.


   Conforme o diretor executivo da Associação de Usuários dos Portos da Bahia (Usuport), Paulo Villa, aspectos de infra-estrutura deviam ser primordiais para se pensar na expansão e concorrência do pólo. "Os navios mudaram de tamanho, mas nossos portos têm a mesma estrutura de 40 anos ou mais", disse. Villa citou também o prejuízo, que chega a R$ 33mi por ano, por conta da espera que os navios enfrentam nos portos. 


   A falta de segurança no local também é uma das preocupações dos empresários. O deputado Júnior Magalhães aproveitou para lembrar de um projeto de polícia especial para o local que havia sido aprovado em março de 2006, mas que não entrou em vigor.  Conforme o superintende da Cofic, Mauro Guimarães, o Cofic disponibilizou R$ 600 mil, mas o projeto não saiu. "Estamos terminando o ano e perdemos isso por falta de agilidade dos órgãos competentes", disse.