Economia

BAHIA DEPENDE DE GÁS NATURAL PARA SEU DESENVOLVIMENTO

A audiência pública acontecerá na terça-feira, 9
| 06/10/2007 às 09:22
    O gás natural é hoje a mais barata e principal fonte de energia para as indústrias, sendo, inclusive, um atrativo para a conquista de empreendimentos.
 
  O desenvolvimento econômico da Bahia nos próximos anos está atrelado, sobretudo, à garantia de suprimento da demanda.

   Este desafio será tema de debate, na próxima terça-feira (09), na Assembléia Legislativa, durante audiência pública promovida pela Comissão de Infra-estrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, que é presidida pelo deputado Júnior Magalhães.
 
  Para discutir o assunto, foram convidados representantes da Bahiagás, Petrobrás, Federação das Indústrias (Fieb) Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), o secretário de Indústria e Comércio, Rafael Amoedo, entre outros.


  Atualmente, a produção do estado representa o equivalente a 10% do total consumido diariamente no país, e a expectativa é que a plena capacidade de extração, correspondente a seis milhões de metros cúbicos por dia, seja atingida este ano. As indústrias, no entanto, que necessitam do gás para garantir maior competitividade, esperam por aumento no fornecimento.

 Além das novas descobertas petrolíferas, o setor espera pela implantação do Gasoduto Sudeste-Nordeste.


  O deputado Júnior Magalhães afirmou que o foco da reunião, proposta pelo colega Javier Alfaya, será discutir o desafio de suprir esta crescente demanda das indústrias, que hoje consomem 90% do gás fornecido no estado. "Essa é uma fonte de energia mais barata e que não polui.

  É importante que o estado saiba usar com inteligência sua potencialidade gerando emprego e renda para a população do entorno", disse.  Ele citou que os deputados se preocupam e pretendem discutir também questões relativas ao pagamento dos royalites. Em 2005, a Bahia arrecadou, com a produção mensal de aproximadamente 1,4 milhão de barris de petróleo (terra e mar), mais de R$148 milhões, sendo R$106 milhões destinados aos municípios beneficiados.

De acordo com Javier, a região Cairu, onde foi descoberto o campo de Manati,  convive em contradição e precisa que os recursos sejam revertidos em desenvolvimento regional. A localidade, ao mesmo tempo em que possui clima propício para fruticultura, potencial turístico, patrimônio barroco tradicional e recursos naturais como o gás e petróleo, sofre, por outro lado, com o analfabetismo e com doenças como a leshimaniose. "A idéia é que esse crescimento implique em desenvolvimento social e não em concentração de renda. Não queremos os Municípios sirvam apenas para passagem de dutos", sintetizou Alfaya.