A Gol comprou a VRG Linhas Aéreas, a nova Varig. O negócio foi fechado por US$ 320 milhões, ou R$ 660 milhões, que representa o valor total das ações da nova Varig.
Na operação, a Gol vai pagar US$ 98 milhões com dinheiro do próprio caixa da empresa e entregar 6,1 milhões de suas ações preferenciais, num total de US$ 275 milhões.
A empresa vai assumir a emissão de R$ 100 milhões de debêntures de dez anos emitidas pela VRG, aumentanto o valor total agregado do negócio para US$ 320 milhões. A aquisição será realizada pela GTI S.A, uma subsidiária da Gol.
O negócio precisa ainda ser aprovado pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Com a compra, as duas companhias aéreas passam a ter, juntas, mais de 20 milhões de passageiros por ano, segundo a nota. O presidente da Gol, Constantino de Oliveira Jr, disse que a marca Varig será mantida.
A Gol informou que ampliará a frota da nova Varig das atuais 17 aeronaves para 34 jatos, todos da Boeing, sendo 20 modelos 737 e 14 aviões 767. Essa frota permitirá à Varig voar para 12 destinos internacionais: Frankfurt, Londres, Madrid, Milão e Paris, na Europa; Miami, Nova York e Cidade do México, na América do Norte; e Buenos Aires, Santiago, Bogotá e Caracas, na América do Sul.
Em rotas internacionais de longa distância e em mercados de alto tráfego na América do Sul, a Varig oferecerá duas classes, econômica e executiva.
De acordo com a Gol, as empresas manterão demonstrações financeiras separadas. A Varig terá vôos diretos e os cinco milhões de clientes que participam do programa de milhagem Smiles continuarão com os mesmos serviços: milhas da Varig não poderão ser usadas para vôos da Gol.
No mercado doméstico a Varig vai operar com classe única de serviços, priorizando as ligações entre os principais centros econômicos do país, tendo como principais bases de operação os aeroportos de Congonhas e Guarulhos, em São Paulo, e Santos Dumont e Galeão, no Rio de Janeiro.