Economia

DESEMPREGO ENTRE JOVENS DOBROU EM 10 ANOS.MULHERES SÃO MAIORES VÍTIMAS

O baixo crescimento da economia produz esse efeito
| 06/03/2007 às 11:09
Jovens são os que mais sofrem com a falta de empregos (Arq.Google)
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Estudo realizado pela Universidade de Campinas, Unicamp, uma das mais respeitadas do país destaca que de cada 100 jovens brasis que ingressaram no mercado de trabalho nos últimos dez anos, 55 ficaram desempregados e apenas 45 encontraram uma ocupação. Segundo a Unicamp, a situação do desemprego é pior para as jovens do sexo feminino.
No período de 1995 a 2005, o desemprego entre a população de jovens, entre 15 e 24 anos, cresceu muito mais do que para as demais faixas etárias. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios - (PNDA/IBGE), em 2005, a quantidade de jovens sem emprego era quase 107% superior a de 1995. Para o restante da população, o desempregoi foi 90.5% superior nos últimos dez anos.
O estado da Unicamp foi coordenado por um grupo de professores e se intitula "Situação do Jovem no Mercado de Trabalho no Brasil: um Balanço dos Últimos Dez Anos". De acordo com dados do IBGE, entre 1995 e 2005, o Brasil gerou 17.5 milhões de postos de trabalho e, desse total, somente 1.8 milhão de vagas foram preenchidas por pessoas da faixa entre 15 e 24 anos.
A expansão do desemprego variou 70% para os jovens (de 11.4% em 1995 para 19.4% em 2005), enquanto para o restante da população economicamente ativa variou de 44.2% (de 4.3 para 6.2%). No grupo das mulheres jovens a taxa de desemprego passou de 14.1% para 25% em 10 anos (aumento de 74%), enquanto que, para jovens do sexo masculino a variação foi de 9.7% para 15.3% (aumento de 57.8%).

EM SALVADOR

No Nordeste e particularmente na Região Metropolitana de Salvador o desemprego é ainda maior. Recentemente, para agravar ainda mais a situação, o Sindicato dos Trabalhadores Empregados em Supermercados, Hipermercados, Mercadinhos e Similares do Ramo Atacadista e Varejista da Cidade do Salvador, que tem a sigla de SINTRASUPER, entendendo que trabalhadores do setor estavam tendo seus direitos atingidos por trabalharem aos domingos, 24 horas (respeitando-se os turnos), fechou um acordo com o SINDSUPER - o Sindicato dos Supermecados e Atacados limitando o horário desses estabelecimentos, aos domingos, até às 14 horas. Ou seja, ao que tudo indica, se esse acordo for respeitado pelas grandres redes - Estra, Bom Preço, Perini, etc - lá vem mais desemprego à vista.