A creperia tem um quê de nostalgia com molduras e fotografias antigas da Avó Agostinho, casa localizada bem no centro da Rue Jaques Cartier que é uma das principais avenidas de Saint-Malo, uma espécie de centro gastronômico, pois, de ponta-à-ponta é repleta de restaurantes, um corredor para quem aprecia a Boa Mesa, a conversa a dois ou em grupos e se sente em casa.
A Cartier é, ainda, uma passarela próxima a entradas e saídas da cidade amuralha diante do movimento de pessoas, incessantemente, dia e noite.
Quer causar? Quer desfilar sua beleza e mostrar seu 'look', bordejar?
Essa é a rua e quase todos os restaurantes têm terrazas cobertas proporcionando uma ambientação bem agradável.
No "Grand-Mére Augustine" você pode saborear panquecas, saladas, mexilhões da época, um rougail de salsicha ou mesmo um hambúrguer. Aconselha-se uma das especialidades da casa a Mamie Chantal (vieiras, fondue de alho francês, natas) ou a Tata Valou (andouille de Guémené, compota de maçã, camembert).
Yo e la madame Bião de Jesus chegamos faltando poucos minutos para a casa fechar, mas, ainda assim, o acolhimento foi excelente e brindamos a oportunidade com um Cabernet d'Anjou e galletas a 3 formages.
Para vocês entenderem o que significa acolhimento, simpatia quase amor, já havíamos sido barrados em outros dois restaurantes com os atendentes ou gerentes se desculpando que havíamos passado da hora, as cozinhas já tinham encerrado, nos sentimentos, assim, protegidos no "Grand-Mére", como a própria expressão do francês, a avó protegendo os seus netos.
E não fomos os últimos a entrar no restaurante pois um casal simpático sentou-se próximo de nós e vendo-nos falar português, sem que nada entendessem, mataram a curiosidade e perguntaram de onde nós éramos. De que planeta?
E la madame Bião de Jesus, a qual estuda na École de Langues Acoord e já está organizando o pensamento e frases no idioma de Charles Aznavou, disse que éramos de Salvador da Bahia para a alegria da madame francesa nossa vizinha de mesa, que se alegrou bastante e disse que já estivera na capital dos baianos.
É isso que chamamos de recepção, maneira de ser recebido, e a garçonete que nos atendeu também ficou a nos admirar, os ETs da Bahia, e nos serviu as crepes a 3 formagis caprichadas, à base de queijo cheddar ralado, condado ralado, queijo Beaufort também ralado, farinha de trigo, ovos, leite, óleo, fermento em pó, sal e pimenta.
Para fazer use uma tigela, coloque a farinha, o fermento, o sal e a pimenta. Cave um poço e quebre os ovos inteiros, misture. Aqueça o leite no micro-ondas por alguns minutos.Misture vigorosamente com uma colher de pau grande ou um batedor e despeje lentamente o óleo. Em seguida, dilua-o aos poucos com o leite quente. Adicione o gruyère e deixe esfriar por pelo menos 30 minutos.
Aqueça uma frigideira antiaderente previamente untada com um pouco de óleo, despeje uma concha de massa e doure cada lado da panqueca. Repita até acabar a massa. Pré-aqueça o forno a 180°C (th. 6). Decore o meio das panquecas com o cheddar, o Comté e o Beaufort. Dobre a panqueca e coloque-a em um prato. Asse por 10 minutos.
Pronto, chegou a hora de saborear. Em Saint-Malo, crepes doces são chamados de crepes; e os salgados de galletas. Então, saboreamos galletas com o Cabernet D'Anjou,
Vivas, pois a Saint-Malo que acolheu Catarina Paraguaçu, em 1528, numa casa da rua Buhen, que era a residência do navegador Jaques Cartier e fica bem próximo do Grand-mère Augustine e todos aqueles que nos receberam tão bem.
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Grand-mère Augustine
Rue Jaques Cartier, 11
Saint-Malo, Bretanha, França
Fone 02 99 20 25 74
www.grandmereaugustine.com
Maison de qualaité
Cabernet D'Anjou taça 6 euros
Galette 3 Formages 13 euros
Coca Cola zero 5 euros