Colunistas / A Boa Mesa
Dom Franquito

SILPANCHO Cochabamba foi el plato que caiu nas graças de DOM FRANQUITO

Um prato para quem tem fome de dinos e que serve duas pessoas numa boa
12/06/2015 às 14:57
 Já falamos aqui neste site sobre Sucre, La Ciudad Blanca da região Centro-Sul da Bolivia, sua arquitetura, seu centro histórico patrimônio cultural da humanidade, e as belezas desta cidade onde, nas cercanias, habitaram dinossauros.

   Os dinos de Sucre são famosos e milhares de pessoas, ao ano, vão conhecer o sitio arqueológico do Parque Cretácico que fica distante pouco mais de 30 minutos de carro. Vale a pena conhecer porque é um dos sitios mais importantes do mundo nesse gênero e os turistas podem ver as pegadas dos animais e as espécimes que por lá habitaram.

   Sucre, também, é a terra de bons restaurantes da comida típica boliviana, a Charke Can - carne de llama desdidratada servida com milho, batatas e ovos cozidos e queijo do local, o chaqueño artesanal. Já falamos do "El Solar" e sua comida deliciosa e hoje vamos comentar sobre o Pueblo Chico Café - arte, bar e restaurante.

   Tem algo mais sugestivo do que isso: um restaurante que ao mesmo tempo é galeria de arte, bar e café. Ou seja, v pode ir ao local para apreciar e adquirir um objeto de arte, pode reunir seus amigos para un vino no final da tarde e pode, também, como fizemos yo e la señora Bião de Jesus, apreciar um típico prato da região de Cochabamba, o Silpancho.

   Silpancho ou sillpancho é um prato típico da culinária departamento de Cochabamba. Trata-se de uma delícia de origem relativamente recente, uma vez que a primeira vez que foi preparado, tal como é conhecido hoje, tem apenas 60 anos. 

   É composto por arroz, batatas, uma fatia circular de carne de vaca picada com pão e frita, que cobre a maior parte do prato, e um ou dois ovos. Tem ainda como acompanhamentos salada de beterraba e cenoura, batatas fritas e, para concluir, uma salada de cebola e tomate, na parte superior.

   Originalmente, o prato não levava nem arroz, nem ovo, tenho sido uma senhora chamada Celia la Fuente Peredo (1928-2008), cidadã condecorada com a medalha de mérito para a sociedade civil do departamento de Cochabamba, a primeira a usar todos os ingredientes atuais do silpancho.

   Andrea, a garçonete do Pueblo que nos atendeu é brasileira, filha de boliviana nascida em São Paulo. Atenciosa disse-nos para ter cuidado com a comida típica da Bolivia pois é muito picante.

   Ela que nos sugeriu o silpancho porque a chake can estava em falta, o fornecedor tinha falhado justo no dia em estávamos em Sucre.

   Nada demais. Dusse-me la señora Bião: - Essas coisas só acontecem com você - e sorriu pilheriando com minha cara.

   - O azar é seu que pegou no meu pé, me persegue - respondi pedindo uma gelada a Andrea.

   Optamos para bebericar un chope paceño e ficamos admirando a decoração do Pueblo Chico, encantadora. Parece aqueles sallons de filmes mexicanos do Sancho Pancha e dos bigodudos com portas que se abrem com chutes de botinas.

   Pé direito alto, teto e parede decoradas, varadas com arcadas, um ambiente bastante acolhedor.

   Andrea avisou, felizmente, que o silpancho daria para dois e a cozinheira faria um bem caprichado para os brasis.

   Comntei com la señora Bião: - Vem bomba 'atômica' por aí.

   - Que venha. Estou como fome de dinos e precisando de um reforço. Passe-me o chope por gentileza - e deu uma golada daquelas na caneca que compartilhávamos.
E assim de fato aconteceu. Nossa! Um prato para um carnotauros, dino dos mais bravos. E como haviamos percorrido o Praque Cretácico e estavamos com fome de um par de allousauros nos deliciamos com o prato cochabambeiro.

   Sucre é um encanto de cidade e caso você visite-a vá ao Parque Cretácico e no retorno passe no Pueblo situado na praça principal.

   A comida é delçiciosa, farta e Andrea mui gentil.
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Pueblo Chico Café
Plaza 25 de Mayo, 46
Fonte 591-464-35040
Sucre - Bolivia
Tem internet gratuita no salão
Silpancho 60 bolivianos (R$30,00)
Chope large 18 bolivianos (R$9,00)
Aceita cartões internacionais
Ambiente acolhedor, arejado
Classificação 3 DONS