Restaurante Bode do Cohin, rua Frei Aureliano, 176, Feira de Santana, Bahia
Foto: BJÁ |
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Filé de Bode do Cohin com feijão de corda, salcinha, farofa de ovo, vinagrete e arroz |
Só faltou a presença do nobre frei italiano Lopez que se encontrava em São Paulo, em missão sacerdotal.
Mas, por coincidência, O Bode do Cohin se situa na Rua Frei Aureliano, então, por ausência de benção de um frade não ficamos, eu, ilustre doutor Martins Filho e João Banha a desfrutar as delícias da cabrita de Sêo Deraldino Sena Ferreira, sabe Deus porque, nem ele soube explicar, seu apelido desde menino é Cohin, com h e n no final para não se assemelhar a coim, um vinhedo brasis, ou coim-coim que poderia parecer o ronco do porco palmeirense.
O restaurante da Princesa do Sertão tem o sugestivo nome de Bode do Cohin e o dito Cohin, o qual nasceu em Mairi mas está em Feira de Santana há 44 anos, no mesmo ramo bodífero, inicialmente colocou o nome de Bode do Jorrinho na sua casa, uma forma de atrair a clientela.
E o tempo foi passando, criando a família com 5 filhos, todo mundo comendo bode, quando teve um rasga bode com sua santa esposa e cada qual foi pro seu canto, então Sêo Deraldino mudou o nome do Bode do Jorrinho, localidade que fica na boca do Tucano às margens do Rio Itapicuru, para Bode do Cohim e lá se vão 20 anos nessa nova pisada, cada qual no seu cada qual, Sêo Cohin, solteiro da Silva e feliz da vida.
Curioso é como bode dá bode quando se trata de casal nos negócios. Assim também aconteceu com o Bode do Joel que se transformou em Bode da Dete, no bairro Ipê, justo porque cada qual armou sua rede em espaços distintos.
Agora, como nós não fomos ao Cohin para conversar nem contar história, muito menos para seguir o regime herbalayfiano de João Banha, Sêo Conhin mandou a sua "chef de cousine" preparar um filé de bode magro, cabritinha nova que lembrou a manteuda da Gabriela, dito por Sêo Deraldino que era coisa especial porque sua carne de cabrita "até a unha é mole", e ficamos a prosar.
Quando a comida chegou à mesa, nem João Banha resistiu e mandou também trazer um pratinho pra ele fazer um tira-gosto, tiragostinho esse que devorou meia banda da cabritinha.
O filé veio acompanhado com feijão de corda, farrofa de ovo, arroz solto, salada a vinagrete, pimenta e manteiga de garrafa frita na cozinha de Sêo Cohin que, posso garantir nem o kibe de Sêo Nacib servido pela Gabriela ou as empanadas da kenga Zarolha degustadas no Bataclã seriam melhores.
E aí só ficanmos jogando conserva fora, Sêo Cohin lembrando do velho Colberzão, a Feira que tanto ama, saudades de Mairi que embora perto nunca vai por lá, e as histórias dos seus clientes que são muitos com destaque para doutor Roberto Pessoa que, até em Brasília faz propaganda do seu bode.
O Restaurante do Cohin funciona se segunda a sábado só para o almoço. No domingo, como Sêo Cohin mora no Cohin, só atende os fregueses na venda da carne congelada.
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Restaurante O Bode do Cohin
Rua Frei Aureliano, 176
Capuchinhos- Feira de Santana - Bahia
Fones 75 -3625.7236 9961-8121
Média de preço do filé de bode R$35,00
Prato para duas pessoas
Cerveja só skol, super-gelada
Não tem ar condicionado, mas ambiente é arejado
Estacionamento na Frei Aureliano
K do filé de bode congelado R$45,00
K do filezinho do bode congelado R$60,00
Não aceita cartões. Só capilé ou cheque
* Lembrar do bode de Joel