Direção do SINDIMED diz que a SESAB mão quer diálogo e dá chá de cadeira na sua diretoria
O sindicato dos médicos da Bahia (Sindimed-BA) suspendeu a greve iniciada na última quinta-feira (30), em cinco unidades de saúde da rede pública estadual. O sindicato dos médicos da Bahia (Sindimed-BA) suspendeu a greve iniciada nesta quinta-feira (30), em cinco unidades de saúde da rede pública estadual.
A decisão foi tomada após o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) conceder uma liminar favorável ao Governo do Estado, declarando ilegal e abusivo o movimento iniciado pelo Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA), que foi caracterizado como uma tentativa de “restrição de atendimentos”.
A greve foi aprovada e promovida pelos trabalhadores após denúncias de demissão de mais de 500 médicos no Hospital Geral do Estado (HGE), Roberto Santos, e Maternidade Tsylla Balbino, IPERBA e Albert Sabin para contratá-los em regime Pessoa Jurídica (PJ).
A Justiça declarou ilegal a greve do Sindicato dos Médicos do Estado da Bahia (Sindimed-BA) e determinou que a categoria suspenda imediatamente a paralisação, sob pena de multa diária de R$ 50 mil. O movimento sindical começou na quinta-feira (31) em cinco hospitais baianos. São eles: Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Geral Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (IPERBA), Maternidade Tsylla Balbino e Maternida Albert Sabin.
Em nota, a Secretaria de Saúde (Sesab) informou que as unidades da rede estadual seguem em funcionamento regular, com assistência à população e declarou que a "tentativa do Sindimed-BA de criar um falso cenário de colapso por meio de uma retórica alarmista e estratégias de desinformação foi devidamente rebatida com fatos, responsabilidade institucional e, agora, com respaldo judicial".
Ainda ressaltou que a liminar concedida ao Governo do Estado confirma que o movimento configura risco inaceitável à saúde pública. "A Sesab lamenta que, mesmo diante da clareza dos fatos e do diálogo institucional promovido na reunião do último dia 24 de julho com o Ministério Público do Trabalho e a Procuradoria Geral do Estado, o Sindimed tenha optado por disseminar a insegurança e a desinformação", acrescentou.
CHÁ DE CADEIRA
INFORME DO SINDIMED
A Secretaria de Saúde da Bahia (SESAB) está provocando uma crise sem precedentes, desde que decidiu precarizar ainda mais os contratos terceirizados, obrigando os médicos com vínculos CLT a se submeterem como Pessoa Jurídica (PJ), que não são. Tal situação, inclusive, pode ser interpretada como fraude ao vínculo trabalhista. A ameaça paira sobre nada menos que 500 médicos da rede própria estadual.
Na segunda-feira, 21 de julho, o Sindimed-BA voltou a buscar diálogo com a Sesab, tentando uma reunião presencial, com a participação da presidente do Sindicato, Dra. Rita Virgínia, a diretora Dra. Gisele Amorim, a conselheira do Conselho Estadual de Saúde (CES), Dra. Carla Sartori (representando o Sindicato) e o procurador do Ministério Público do Trabalho, Dr. Bernardo Guimarães.
Lamentavelmente, após três horas de espera, a representação foi informada que não seria recebida pela secretária de Saúde, sob alegação de agenda cheia. Nem mesmo o alerta sobre a gravidade da situação, que pode vir a gerar desassistência à população, foi capaz de sensibilizar a gestão.
A reunião foi remarcada para quinta-feira, dia 24.07.025, às 10h, com a presença da Procuradora-Geral do Estado. A urgência é clara, mas, segundo a equipe da SESAB, não há disponibilidade antes disso. Várias demissões já ocorreram e outros médicos estão prestes a serem desligados ou obrigados a migrar para vínculos precarizados, via PJ.