Os governos do PT não resolveram o problema do analfabetismo na Bahia como foi prometido
Tasso Franco , da redação em Salvador |
17/05/2024 às 19:06
Mais de 1 milhão de analfabetos na Bahia
Foto: André Borges Ag Brasil
Segundo o IBGE dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 7,0%. No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%.
Essas e outras informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022 Alfabetização - Resultados do Universo. Os dados estão sendo apresentados hoje (17), a partir das 10 horas, na quadra da escola de samba Unidos de Vila Maria, no bairro Jardim Japão, na capital paulista. O evento será transmitido pelo IBGE Digital e nas seguintes mídias sociais do Instituto: Youtube, Instagram e Facebook. Os dados também podem ser acessados no SIDRA, no Panorama do Censo e na Plataforma Geográfica Interativa (PGI), onde poderão ser visualizados por meio de mapas interativos.
Em 12 anos, a Bahia pouco evoluiu na universalização da educação. Ainda existem 1,4 milhão de pessoas que não sabem ler e nem escrever no estado - o que representa o maior contingente do Brasil. O número de analfabetos corresponde a 12,6% da população baiana, colocando o estado como detentor da 9º maior taxa de analfabetismo do país.
Apesar de ter visto sua população não alfabetizada diminuir 17,8% entre 2010 e 2022 (-308.350 pessoas) e a taxa de analfabetismo recuar de 16,6% para 12,6%, a Bahia não teve nenhum avanço no ranking nacional para esses indicadores, mantendo-se nas mesmas posições de 12 anos atrás. Isso revela que, em comparação com outros estados, a Bahia teve pouca evolução na última década.
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e fazem parte do módulo Alfabetização do Censo 2022. Segundo a pesquisa, a taxa de analfabetismo no Brasil é de 7%. São 11.403.801 pessoas com idade de 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever no país.
De 2010 a 2022, na Bahia, a taxa de analfabetismo caiu em todas as faixas etárias, mas o número de pessoas com mais de 55 anos analfabetas ainda cresceu, e 6 em cada 10 não alfabetizados estavam nesse grupo.
Taxa de analfabetismo do Nordeste continua sendo o dobro da média nacional
O analfabetismo na Região Nordeste (14,2%) continuou sendo o dobro da média nacional (7,0%) – em 2010, as taxas eram, respectivamente, de 19,1% e 9,6%. As taxas de analfabetismo do Norte e do Nordeste tinham, em 2022, valores acima de 2% desde o primeiro grupo de idade. No Centro-Oeste, isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos e para no Sul e Sudeste apenas a partir de 45 a 54 anos.
Enquanto entre as pessoas com até 44 anos a taxa de analfabetismo era menor que 2% nas regiões Sudeste e Sul, o grupo mais novo, de 15 a 19 anos, sequer tinha alcançado percentuais de analfabetismo abaixo de 2% nas regiões Norte (2,2% de analfabetos) e Nordeste (2,4% de analfabetos). Pessoas com 65 anos de idade ou mais no Nordeste têm taxa de analfabetismo (39,4%) 3,5 vezes maior do que a registrada na Região Sul (11,3%) para o mesmo grupo etário.
Santa Catarina tem a maior taxa de alfabetização, Alagoas, a menor
Entre as unidades da federação, as maiores taxa de alfabetização foram registradas em Santa Catarina, com 97,3%, e no Distrito Federal, com 97,2%, e as menores, em Alagoas, com 82,3%, e no Piauí, com 82,8%. Em 2010, a diferença entre a maior e a menor taxa de alfabetização, isto é, entre o Distrito Federal e Alagoas, era de 20,9 p.p., enquanto, em 2022, esse diferencial caiu para 15,0 p.p. entre Santa Catarina e Alagoas. Entre os censos de 2010 e 2022, Alagoas foi a unidade da federação que mais aumentou o percentual de pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas, com uma expansão de 6,7 p.p., resultado que, no entanto, não foi suficiente para retirá-la da última posição.
Taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi 85,0% em 2022
No Censo 2022, definiu-se como pessoas indígena aquela que reside em localidades indígenas e se declarou pelo quesito "cor ou raça" ou pelo quesito "se considera indígena", e, também, a pessoa que vive fora das localidades indígenas e se declarou no quesito "cor ou raça". Por isso, o total de pessoas indígenas pode ser superior ao total de pessoas de cor ou raça indígena.
Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que havia no país 1.187.246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.008.539 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 178.707 não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi de 85,0% em 2022, abaixo da taxa nacional, de 93,0%. A taxa de analfabetismo dessa população foi de 15,1%, acima da taxa nacional de 7,0%.
As taxas de alfabetização mais elevadas das pessoas indígenas são encontradas no Sudeste (91,7%), Sul (89,4%) e Centro-Oeste (87,3%). As mais baixas no Nordeste (82,0%) e Norte (84,7%).
A BAHIA
Em 12 anos, a Bahia pouco evoluiu na universalização da educação. Ainda existem 1,4 milhão de pessoas que não sabem ler e nem escrever no estado - o que representa o maior contingente do Brasil. O número de analfabetos corresponde a 12,6% da população baiana, colocando o estado como detentor da 9º maior taxa de analfabetismo do país.
Apesar de ter visto sua população não alfabetizada diminuir 17,8% entre 2010 e 2022 (-308.350 pessoas) e a taxa de analfabetismo recuar de 16,6% para 12,6%, a Bahia não teve nenhum avanço no ranking nacional para esses indicadores, mantendo-se nas mesmas posições de 12 anos atrás. Isso revela que, em comparação com outros estados, a Bahia teve pouca evolução na última década.
Os dados foram divulgados na manhã desta sexta-feira (17), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e fazem parte do módulo Alfabetização do Censo 2022. Segundo a pesquisa, a taxa de analfabetismo no Brasil é de 7%. São 11.403.801 pessoas com idade de 15 anos ou mais que não sabem ler nem escrever no país.
De 2010 a 2022, na Bahia, a taxa de analfabetismo caiu em todas as faixas etárias, mas o número de pessoas com mais de 55 anos analfabetas ainda cresceu, e 6 em cada 10 não alfabetizados estavam nesse grupo.