No último dia 17 de agosto, o Auditor-Fiscal do Trabalho Guilherme Luna, lotado e em exercício na Gerência Regional do Trabalho em Barreiras no Estado da Bahia (GRTb/Barreiras), sofreu graves ameaças verbais por parte de fazendeiro do Município de Luís Eduardo Magalhães (BA), durante fiscalização em propriedade rural do agressor, o que não deixa de ser reflexo dos constantes ataques que têm sofrido diversas instituições, em especial os órgãos de fiscalização.
Não é a primeira vez que auditores-fiscais do trabalho são ameaçados em pleno exercício de suas funções, tanto na região oeste da Bahia quanto em outros locais do País. Mais triste ainda é quando essas ameaças são concretizadas, como no caso da Chacina de Unaí (MG), ocorrida em 2004.
O que vemos agora é uma intensificação de ameaças a agentes estatais devido à desvalorização dos órgãos de fiscalização, cujas estruturas têm sido sucateadas, associada a graves ataques a tudo que diz respeito à fiscalização e defesa das camadas sociais mais vulneráveis, principalmente quando se trata da contenção de abusos trabalhistas.
Nesse momento de recriação do Ministério do Trabalho, que tanto lutamos para que não fosse extinto no início de 2019, percebemos que esse ressurgimento não representou reais avanços na melhoria da estrutura da Inspeção do Trabalho, sinalizando que este Governo não se dedica a essa área, que é fundamental para a nossa sociedade.
Nós, da Delegacia Sindical da Bahia do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais do Trabalho, repudiamos os ataques sofridos pelo Auditor Guilherme Luna e por todos os colegas que estão na linha de frente das ações de fiscalização.
Por fim, informamos que todas as medidas necessárias estão sendo tomadas para que esse mal seja reparado e não suceda novamente, visando ao fortalecimento da Auditoria-fiscal do Trabalho e à intensificação da luta por um Brasil com trabalho digno e mais justiça social.