Investigações em Carmópolis, Novo Triunfo, Salvador e Aracaju. Com informações do MP BA
Tasso Franco , da redação em Salvador |
21/08/2020 às 18:27
Gaeco em ação na cidade de Carmópolis, SE
Foto: MP
Uma operação que investiga desvios e fraudes praticados por meio de contratos celebrados entre o Município de Carmópolis, em Sergipe, e empresas baianas, pagos com recursos públicos destinados ao combate do coronavírus, foi deflagrada na manhã de hoje (20) em Aracaju e Carmópolis, no Estado de Sergipe, e nos municípios de Salvador e Novo Triunfo, na Bahia.
A ‘Operação Pandemonium’ foi deflagrada pelo Ministério Público do Estado de Sergipe (MPSE), por meio do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio do Gaeco da Bahia, da Secretaria de Segurança Pública (SSP/BA) e da Polícia Civil, por meio do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco), do Departamento de Inteligência Policial (DIP) e do Departamento de Polícia do Interior (Depin).
Foi cumprido um mandado de busca e apreensão no Município de Novo Triunfo, que fica a 372km de Salvador, onde foram apreendidos dois notebooks, quatro pen drivers, um celular, além de documentos diversos como promissórias, canhotos e folhas de cheques e notas fiscais em transações com a prefeitura de Carmópolis.
O mandado de busca e apreensão foi cumprido por investigadores da Coordenação de Apoio Técnico à Investigação (Cati), do (Depin). Já no Município de Carmópolis e em Aracaju foram cumpridos dez mandados de busca e apreensão na prefeitura e em endereços residenciais dos investigados, respectivamente.
Afastamento
A pedido do MPSE, o Judiciário determinou o afastamento cautelar do prefeito e do secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão do Município de Carmópolis. Durante a Operação, o Gaeco notificou o presidente da Câmara de Vereadores sobre a decisão e ele assumirá a gestão municipal.
O Judiciário também determinou a suspensão do exercício da função pública; a proibição de acesso à Prefeitura, bem como a qualquer órgão da administração direta, indireta, autárquica ou fundacional do Município, exceto hospitais e postos de saúde, quando precisarem de atendimento; a proibição de manter contato com servidores públicos em atividade no município de Carmópolis, independente do vínculo destes com a Administração, e com os demais investigados; e o comparecimento mensal ao Juízo, até o 5º dia útil, para informar e justificar as atividades, até o final da instrução processual.