Centrais Sindicais dizem que uso da força pode ser pior
Da Redação , Salvador |
25/05/2018 às 16:17
Salvador com postos sem combustíveis
Foto: BJÁ
O governo federal decidiu que vai usar as Forças Armadas para desobstruir as estradas bloqueadas por caminhoneiros. O anúncio foi feito pelo presidente Michel Temer. Além das Forças, a Polícia Rodoviária Federal (PRF), e a Polícia Militar, “onde for possível”.
— A situação de abastecimento é grave. Acordo de ontem ainda não produziu sinais de que o movimento cedeu. A desobstrução agora é inadiável e tem que ser feita rapidamente — disse a fonte. (por Robson Bonin, da sucursal de Brasília)
As centrais sindicais criticaram a decisão do governo de usar a Força Nacional de Segurança para desobstruir as estradas bloqueadas pelos caminhoneiros desde segunda-feira. Na opinião das entidades, o endurecimento da negociação só ‘acirra o conflito e dificulta uma solução equilibrada’.
Temer cobra redução de ICMS
sobre diesel dos estados
O presidente Michel Temer pediu nesta sexta-feira, 25, a colaboração dos governos estaduais nos esforços para reduzir o preço do diesel em meio à greve dos caminhoneiros, e cobrou uma redução do imposto estadual ICMS sobre o combustível.
Temer afirmou, ao participar de reunião do Conselho Nacional de Polícia Fazendária (Confaz) com o ministro da Fazenda, Eduardo Guardia, e secretários estaduais de Fazenda, que os estados também precisam colaborar para o fim da crise envolvendo os caminhoneiros.
No blog Rio Grande do Sul: No quinto dia de greve dos caminhoneiros, 77% das cidades gaúchas paralisaram equipamentos e serviços que dependem e combustível, exceto aqueles da área de saúde. Do total de 497 municípios do estado, 384 decidiram suspender os serviços segundo a Famurs (Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul).
Entre os pontos divulgados no anúncio do acerto estavam a prorrogação do desconto de 10% no óleo diesel para trinta dias e a previsibilidade nos reajustes do combustível.
-A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que representa cerca de um milhão de caminhoneiros em 120 entidades, soltou uma nota na manhã desta sexta-feira informando que vai levar as propostas feitas pelo governo com a categoria para que cada grupo de manifestantes em seus sindicatos decida por meio de assembleias através das redes sociais e de mensagem.
"Sabemos que nenhuma pessoa ou entidade tem, sozinha, o poder de acabar com essa mobilização e isso sempre foi deixado muito claro para o Governo. Diante disso, as entidades que assinaram o documento, assumiram um único compromisso, que está sendo cumprido por meio desta nota: apresentar as propostas à categoria que está mobilizada nas rodovias para que cada local decida se isso é suficiente para suspender o movimento ou de continuar", destacou a nota.