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O movimento encampado pela PM/BA, há no mínimo 10 dias de aparência, traz as suas intersecções (e nem sonho em saber quais todas; é muito para o horário de verão). É razoável que esses agentes da segurança pública sejam mais bem capacitados, remunerados, aparelhados, melhor assistidos física, moral e psicologicamente (será que é quase isso que a categoria reivindica?).
Tem-se utilizado o alento da remuneração (apenas um exemplo) para manter agentes políticos afastados das vias da corrupção, afinal, um ganho maior também espantaria as externalidades negativas. Penso que há um Q do medievo na prática policial diária, mais ainda porque despidos de armadura dando corpo e cara (no mínimo) a mais que tapas. As imoralidades do processo, de certo, devem ser coibidas, sob as diversas capas que o jurídico possa permitir (penal, civil, administrativa, constitucional,
internacional (afinal o carnaval vem aí... ou não!,- nos diria Gil e Caetano).
O que incita a minha nobre curiosidade não é tanto saber da verve política da mobilização, mas do modo como partidos políticos (da fita) grudaram-se ao processo. As gravações (já considerando os possíveis tiques da edição, se isso de fato ocorreu) dão conta dessa interferência, à custa do compromisso com a coletividade, com a responsabilidade social da função, com o diálogo, com o bom senso (que me pareceu ausente na condução das negociações até o ponto que chegamos).
Que o Haiti é aqui (o Havaí também, afinal não nos faltam as ondas); que somos estrangeiros de momento, que há necessidade de redimensionar as questões ligadas à segurança pública e valorizar os seus agentes (esses), enfim, que eu ouço Caetano: Será que estou sendo muito poética? Nera nada não. Era só para conversar concês. É que tem tanta caixa por aí...
(Pensilvania Neves , advogada)