Com um total de 906 atendimentos entre os dias 19 e 30 de setembro, o ‘MP vai às Ruas' realizou 95 reconhecimentos de paternidade e encaminhou outros 59 casos para exame de DNA. Destacaram-se ainda os acordos de alimentos, com um total de 42 casos, além de 24 ações de investigação de paternidade. As audiências foram realizadas na unidade móvel do ‘MP vai às Ruas', que ficou na praça Artur Lago, em Pernambués, e contemplaram os moradores dos bairros de Pernambués, Cabula, Narandiba, São Gonçalo do Retiro, Mata Escura, Tancredo Neves e Sussuarana.

O resultado atendeu às expectativas do Núcleo de Promoção da Paternidade Responsável (Nupar), coordenado pela promotora de Justiça Lúcia Helena Cruz. A comunidade, que registra mais de 3.300 casos de crianças sem paternidade reconhecida, contou com o atendimento das promotoras de Justiça Elane Pinto da Rocha e Marília Peixoto Fernandes. Os casos que não puderam ser atendidos no próprio bairro, devido ao não comparecimento dos supostos pais às audiências marcadas, foram encaminhados para a sede do MP e serão resolvidos em novas audiências marcadas no Nupar.

De acordo com a assistente social do Nupar Ângela Almeida, fator decisivo para o sucesso da iniciativa foi a parceria firmada entre o MP e os diretores de escolas da região, que informaram para as secretarias de Educação do Município e do Estado, e estas para o MP, o número de crianças matriculadas que não contavam com o nome do pai nas certidões de nascimento. As mães dessas crianças participaram de palestras realizadas pelo MP em escolas dos bairros. "Todas as mães que compareceram às palestras estiveram no ônibus do ‘MP vai às Ruas' para as audiências", destaca Ângela Almeida.