A desembargadora Vânia Tanajura Chaves, escolhida na tarde da última segunda-feira (5), com 15 votos, presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região, enfrentou "forças poderosas" para vencer as eleições. Contrariando a Lei Orgânica da Magistratura Nacional, sua adversária chegou a ser identificada às vésperas do pleito, segundo reportagem publicada pela imprensa, como "uma pessoa bem articulada politicamente e com boas relações com setores partidários da base do governo estadual".

Se isto lhe rendeu dividendos eleitorais, ninguém sabe afirmar com precisão, mas o certo é que, conforme se comenta, na tentativa de reverter alguns votos, foram acionados, dentre outras autoridades, ministro, ex-governador e alguns parlamentares baianos. Episódio, aliás, visto sob censura pelos desembargadores da corte trabalhista, diante da interferência política nunca antes ocorrida no TRT-5.

Aqueles que estiveram ao lado de Vânia Chaves também se queixam de notícias "plantadas" na mídia, nos dias em que antecederam às eleições, com o claro objetivo de desgastar a sua candidatura e com reflexos desastrosos para a instituição.