A jornalista morreu ontem aos 74 anos de idade vitima de problemas cardiacos
Tasso Franco , Salvador |
04/04/2025 às 19:19
Clarindo Silva e Carlinhos Brown no cortejo a Wanda
Foto: Rep TV Bahia
Em velório no Campo Santos familiares, colegas, amigos, integrantes de bandas afro-baianas Didá e Ilê Aiyê homenagearam a jornalista Wanda Chase, no adeus final.
Antônio Carlos Vovô - "Vovô do Ilê", presidente do bloco afro Ilê Aiyê, destacou: "A gente vem aqui trazer os tambores, que [ela] sempre foi muito ligada com os tambores dos blocos afro. Sempre divulgou, propagou nossa cultura. Então, com isso que está aqui, representantes de algumas organizações, essa revolução dos tambores para fazer essa última homenagem a ela".
Lazinho Araújo, cantor e fundador da banda Olodum, que Wanda foi assessora de comunicação, ressaltou a relação da apresentadora com Salvador, onde ela morava desde 1991.
"Aqui [em Salvador] ela se sentiu acolhida, formou residência e ganhou título de cidadã soteropolitana. Ia ganhar o de baiana, mas soube que o Governo do Estado vai dar os familiares, que eu acho justo, porque é uma forma de agradecer a uma mulher negra, baixinha só no tamanho, mas gigante na consciência e nas ideias", afirmou Lazinho.
Integrantes das bandas Olodum e Didá e o bloco afro Ilê Aiyê, no velório de Wanda Chase — Foto: Alan Oliveira/g1
Já Carlinhos Brown destacou o legado que ela deixa para o movimento negro e para a comunicação.
"Ela não apenas avivou para todos o desejo de que nós precisávamos não serem visíveis em uma cidade na qual são os protagonistas, mas ela ativou também um desejo de que a gente podia se unir, de que a cidade podia se unir em torno da cultura baiana", disse Brown.
A velório foi encerrado pouco depois das 16h, seguido de um cortejo até a sala onde a família seguiu com a despedida em um momento mais reservado.