Cultura

MUSEU NACIONAL DE ARTE MODERNA DA FRANÇA, UMA AULA DE CULTURA (TF)

Fica localizado no Centro Cultural Georges Pompidou, Patis, e o ingresso custa 14 euros
Tasso Franco , Paris | 12/06/2022 às 05:10
Las Ten Lizes, obra de Andy Warhol
Foto: BJÁ

O Museu Nacional de Arte Moderna da França está localizado no Centro Cultural Georges Pompidou, no 4º arrondissement (distrito) da cidade.

    Um mergulhe num universo fantástico em obras emblemáticas instaladas nos dois estágios do prédio, de Pablo Picasso e Salvador Dali a Andy Warhol. 

   No quinto andar estão obras da arte moderna mundial entre 1905 a 1965. No nível 4 carros-chefes, marcos ou prodígios, de sequências da arte moderna, a partir de 1960. 

   O ingresso custa 14 euros e não há tempo específico para a visita podendo-se ficar toda uma manhã ou tarde. Há, no 5º andar uma área de contemplação - tipo jardim suspenso envidraçado - donde se tem uma vista do casario de Paris.

   O MNAMF sucedeu ao Musée du Luxembourg, fundado em 1818 pelo rei Luís XVIII como o primeiro museu de arte contemporânea criado na Europa, dedicado a artistas vivos cuja obra deveria ingressar no Louvre 10 anos após sua morte. 

   Imaginado já em 1929 por Auguste Perret para substituir o antigo Palais du Trocadero, a construção de um museu de arte moderna foi decidida oficialmente em 1934 . Sua verdadeira  inauguração só ocorreu em 1947, após a Segunda Guerra Mundial e a adição da coleção de escolas estrangeiras do Musée du Luxembourg, que estava no Musée du Jeu de Paume desde 1922.

  Em 1947, então sediado no Palais de Tokyo, sua coleção foi drasticamente aumentada por seu primeiro diretor, Jean Cassou, graças ao seu relacionamento especial com muitos artistas proeminentes ou suas famílias, como Picasso e Braque. Com a criação do Centro Pompidou, o museu mudou-se para sua localização atual em 1977. 

 O museu tem a segunda maior coleção de arte moderna e contemporânea do mundo, depois do Museu de Arte Moderna de Nova York, com mais de 100.000 obras de arte de 6.400 artistas de 90 países. 

   Esses trabalhos incluem pintura, escultura , desenho, impressão, fotografia, cinema, novas mídias, arquitetura e design. Uma parte da coleção é exibida a cada dois anos alternadamente em um espaço de 18.500 metros quadrados dividido em dois andares, um para arte moderna (de 1905 a 1960, no 5º andar), outro para arte contemporânea (a partir de 1960, no 4º andar), e 5 salas de exposições. O Atelier Brancusi está localizado em seu próprio prédio adjacente ao museu.

As obras expostas no museu mudam frequentemente para mostrar ao público a variedade e profundidade da coleção. Muitas grandes exposições temporárias de arte moderna e contemporânea aconteceram em um andar separado (6º) ao longo dos anos, entre elas muitas exposições individuais. Desde 2010, o museu também exibe exposições temporárias únicas em sua filial provincial, o Centro Pompidou-Metz, em um espaço de 10.000 metros quadrados divididos entre 3 galerias e, desde 2015, em Málaga, Espanha, e 2018, em Bruxelas, Bélgica.

  Na mostra atual, o visitante se depara com a obra de Fernand Léger pintor francês (1881/1955) "Composicion aus deux parroquets" (composição de dois papagaios), óleo datado de 1953, uma pintura mural belíssima o que mostra, também, o interesse de Léger pela arquitetura por influência de Le Corbusier. 

  

   O corredor do 5º pavimento é imenso e mais adiante vê-se a obra de Andy Warhol, de 1963, "Ten Lizes" (Dez Lizes) ele que é considerado  “o Papa do Pop”, o qual explorou várias áreas dentro do espectro artístico, desde a ilustração comercial até a pintura, enquanto, paralelamente, criava novas técnicas. Realizou também filmes e gerenciou uma banda denominada de The Velvet Underground. Fundou, ainda,  um ponto de encontro cultural na cidade de Nova York, a famosa de The Silver Factory. 

 Adiante, impressiona a obra de Niki de Saint-Phalle pintora e cineasta francesa (1930/2002) uma escultura intitulada "La Mariée" (a noiva), um disfarce com uma imensa imagem e colagens em branco. 

  Não dá para falar de todas as obras existentes no museu senão essa matéria se tornaria muito longa. Citarei apenas obras que me chamaram mais a atenção como a "Femme" de Joan Miró; "Guillaume Tell, 1930, de Salvador Dali; "Buste de Femme", de Pablo Picasso, 1907; "Adieu New Yprk", 1946, Fernand Léger; "La Muse", 1936, Pablo Picasso; "A casa Azul", de Marc Chagal; e outros. 

   A visita a este museu é uma aula da cultura universal de um tempo (TF)