Alaide Conceição era conselheira do Olodum e agitadora cultural do Pelourinho com sua feijoada
Tasso Franco , Salvador |
31/01/2022 às 17:12
Foto de 2015 no restaurante da Laranjeiras
Foto: BJÁ
A conselheira do Olodum w ccozinheira Alaíde do Feijão morreu nesta segunda-feira (21), aos 72 anos de idade, vitima da Covid. Alaíde foi diagnosticada com Covid-19 no hospital, onde tratava sequelas da primeira infecção. Em 2021, a cozinheira ficou internada com Covid-19 por mais de 12 dias no Hospital Couto Maia. A informação foi confirmada pela família da profissional, através do Instagram.
"É com muita dor e tristeza que venho informar o falecimento de minha avó Alaíde do Feijão", informou nas redes sociais o neto da matriarca, Eldo Neves.
"Ela lutou, lutou com bravura, resistiu até o último momento, foi contaminada novamente pela Covid no hospital, teve uma parada cardiorrespiratória e infelizmente dessa vez ela não resistiu e partiu para o descanso. Informaremos sobre o momento de despedida", completou.
Alaíde Conceição tinha 72 anos e era figura muito influente no mundo afro-baiano. Seu restaurante, no Pelourinho, batizado de "Bancada do Feijão", sediava importantes reuniões e inspirava tramas e decisões, tanto políticas como carnavalescas, desde a época em que funciona na Ladeira da Ordem Terceira de São Francisco.
DUAS CRÔNICAS
Fizemos duas crônicas sobre o feijão da Alaide com a assinatura de Dom Franquito, o primeiro na década de 1990, na Ladeira da Ordem, e a segunda, em 2015, na Rua Laranjeiras, 26, para onde se mudou.
Dom Franquito se fartou por lá saboreando um xinxim de galinha tendo dois ou três dedos de prosa com Alaíde, que você vê na foto, cozinheira de primeira e que está no Pelourinho há 35 anos, conselheira do Olodum, figura queridíssima e que vende uma comidinha típica da cidade do Salvador, a preços populares.
É isso, com 20 'pilas' se come um xinxim, um feijão amigo ou um peixe de moqueca. É na sexta que v vai ficar sabendo dos detalhes.
O tradicional restaurante de Alaíde da Conceição, também conhecida como Alaíde do Feijão, mudou de endereço e a
O trabalho da produção d feijão foi herdado por Alaíde ainda durante a adolescência, através da sua mãe, que tinha uma banca desde 1960 na região da Praça Cayru, no bairro do Comércio. Com a aposentadoria da mãe, Alaíde quis manter viva a tradição dos quitutes e seguiu fazendo sucesso com a fórmula do tempero, ensinada pela matriarca da família.
