Cultura

SALVADOR E LISBOA: ONDE OS AFRO SE CONCENTRAM PARA TROCA INFORMAÇÕES

As duas cidades se assemelham até nisso uma com ponto no Pelourinho e a outra na Marques de Pombal
Tasso Franco , Salvador | 23/01/2022 às 11:26
Ponto de concentração dos africanos em Lisboa
Foto: BJÁ
     Outro ponto de semelhança entre Lisboa e Salvador está nos locais de concentração das comunidades afrodescentes, em Salvador, basicamente no Pelourinho; e em Lisboa, num largo próximo a Marques de Pombal e ao Mercado da Figueira (vide foto). A diferença é que, em Lisboa, há muitos africanos ainda de origem naturais de Angola, Moçambique e Cabo Verde, ex-colônias de Portugal e que vivem e trabalham na cidade; e também uma comunidade imensa de indianos e paquistaneses que controlam as lojas de souvenirs.

  Os africanos - em geral - trabalham na construção civil - são excelente armadores de estruturas em ferro - e Lisboa, no momento, está com o mercado aquecido e dezenas de gruas são vistas na cidade olhando-se das 7 colinas onde se tem uma visão mais ampla da cidade.

  Aos domingos - em especial - os africanos se concentram nessa área que vai das praças Marques de Pombal ao Largo da Figueira para a troca de informações, relatos de suas vidas, paqueras, coisas do dia a dia, apresentações musicais de rua e assim por diante; como acontece em Salvador com os afrodescendentes que frequentam o Cravinho no Terreiro de Jesus, a Cantina da Lua, os ensaios do Olodum e do Cortejo Afro, as promoções do Badá e os restaurantes com comidas afrobaianoas, o Ó Paí Ó, o Feijão de Alaíde, o Achego, o Ponto do Vital e outros.

   São semelhanças entre as cidades mãe e filha, ambas abençoadas pela natureza, a Baía de Todos os Santos e o Rio Tejo (TF)