Cultura

MORRE CID TEIXEIRA PROFESSOR QUE LEVOU AO POVO HISTÓRIA ATRAVÉS RÁDIO

Sepultamento será na quarta-feira, Campo Grande
Tasso Franco , Salvador | 21/12/2021 às 19:18
Cid Teixeira
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     Morreu nesta terça-feira (21) o mais importante historiador da Bahia - no sentido de ter levado a história à população, ao povo - Cid José Teixeira Cavalcante, aos 97 anos, em sua casa, na Pituba. Sofria há algun anos do mal de Alzheimer e estava afastado do que mais gostava conversar sobre história, no rádio, em palestras, em conversas e artigos de jornais.

Augtor de obras como "Bahia em Tempo de Província" (1986); "História do Petróleo na Bahia" (2001) e "Salvador: História Visual" (2001), publicadas pela Caramurê, desde março de 1993, ocupava a cadeira de número 19 da Academia de Letras da Bahia. 
Pelas contribuições no campo científico, foi condecorado com a Medalha Tomé de Souza, em 1992, mais alta honraria concedida pela Câmara Municipal de Salvador. Em 2013, recebeu a Comenda 2 de Julho, pela Assembleia Legislativa da Bahia.

Cid também foi formado em Direito pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), apesar de não ter atuado como advogado. Foi professor de História na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA e na Universidade Católica do Salvador (UCSal), além de diretor da Fundação Gregório de Mattos.

Fernando Oberlaender, editor da Caramurê, responsável pela publicação dos livros de Cid, e amigo pessoal do historiador, lamenta a morte e reflete sobre o legado do historiador. "Ninguém sabia o que ele levou com ele. Cid conhecia como ninguém a história da Bahia, porque ele não estudava somente com os livros, mas fazia o trabalho de campo, foi ao povo baiano".

A última publicação da editora de homenagem a Cid Teixeira aconteceu em 2019, com a "Coleção Vida Bahia: O Livro das Histórias que Se Misturam", de quatro livros, na qual o pesquisador foi transformado em personagem, voltado para o público infanto-juvenil.

O enterro está previsto para 16h30 desta quarta-feira (22), no Cemitério Campo Santo.

Cid José Teixeira Cavalcanti morreu por causas não divulgadas pela família em sua casa ano bairro da Pituba em Salvador. Formou-se em Diretito pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), mas nunca exerceu a advocacia, optando por se dedicar à História. Dirigiu a Fundação Gregório de Mattos e implantou o programa de rádio educação, da Rádio Educadora da Bahia. Recebeu a Medalha Tomé de Souza, da Prefeitura de Salvador, em 1992, e a Comenda 2 de Julho, da Assembleia Legislativa, em 2013. 

Ocupou a Cadeira 19 da Academia de Letras da Bahia (ABL) e escreveu diversos livros, a exemplo de “Bahia em Tempo de Província” (1986), Salvador: História Visual” (2001).  Afável e bonachão, ele costumava brincar afirmado ser do tempo em que Salvador terminava no bairro de  Amaralina, de onde era preciso pegar uma embarcação para chegar a Itapuã  “O Professor Cid Teixeira fez a boa História e, agora, faz parte da História da Bahia”, concluiu Dr. David Rios.  

DAVID RIOS LAMENTOU A MORTE

- “O professor Cid fez a boa História e,a gora, faz parte da história” – definiu o parlamentar. Leitor de história, sobretudo da Antiguidade Clássica (Grécia e Roma), principalmente, o deputado estadual Dr. David Rios lamentou a morte, nesta terça-feira (dia 21) do historiador Cid Teixeira, aos 97 anos. O parlamentar observou que Cid Teixeira “tinha um conhecimento enciclopédico e serviu, por muitas décadas, como fonte indispensável para pesquisadores e jornalistas”.

 Dr. David recorda que Cid  foi também muito importante para a ajudar a esclarecer os topônimos (origem das diversas localidades, como ruas, praças e becos) de Salvador, como Baixa dos Sapateiros, Campo da Pólvora. Rua da Forca, Mouraria e outros. Na TV Educativa, Cid apresentou um programa explicando como surgiu o nome de muitas ruas da capital baiana. “Sem dúvida, merecer agora ser nome de rua, quiçá na Pituba, onde morou”, torceu o deputado.

Ocupou a Cadeira 19 da Academia de Letras da Bahia (ABL) e escreveu diversos livros, a exemplo de “Bahia em Tempo de Província” (1986), Salvador: História Visual” (2001).  Afável e bonachão, ele costumava brincar afirmado ser do tempo em que Salvador terminava no bairro de  Amaralina, de onde era preciso pegar uma embarcação para chegar a Itapuã  “O Professor Cid Teixeira fez a boa História e, agora, faz parte da História da Bahia”, concluiu Dr. David Rios.  

DEPUTADO ALEX LIMA

“Com muita tristeza recebi a notícia sobre o falecimento do grande historiador baiano Cid Teixeira. Um homem sábio e conhecedor da Bahia, que muito enriqueceu nossa cultura com seu talento. Deixo registrada toda minha solidariedade aos familiares e amigos deste gênio. Sem dúvidas hoje é um dia de luto para todos nós e uma perda irreparável para a cultura baiana”.