O importante na busca da espiritualidade é o encontro com mãe natureza
Tasso Franco , da redação em Salvador |
18/07/2021 às 08:36
Caminho da luz
Foto: BJÁ
Falamos do tema peregrinação, religiosidade e espiritualidade. Parace complexo, mas não é. Há um movimento mundial em torno dos temas religiosos que penetrou na consciência coletiva e está surgindo um novo conceito de espiritualidade. Já existem especialistas nos assuntos da psicologia transpessoal que analisam as questões filosóficas, psicológicas e religiosas em torno do núcleo central desse tema “a religiosidade e a espiritualidade”. E no meio desse caminho - nesse bojo - estão as peregrinações, pessoas que estão deixando os seus afazeres por determinado tempo para peregrinar em rotas das mais diferentes no mundo, tanto no Ocidente como no Oriente. Cada um, claro, com sua psicologia do senso comum, com sua interpretação de religiosidade e espiritualidade.
A pergunta mais frequente, que está a cada dia mais se intensificando é: de onde viemos? E para onde vamos? Não tem uma resposta. Por isso mesmo essa busca, que se chama de conversar com Deus, de conhecer a si mesmo, é uma interpretação pessoal do seu self para poder então fazer uma peregrinação e entender e praticar a espiritualidade. E não precisa para isso você praticar uma religião. Você pode fazer isso por si só. E as peregrinações são o momento que as pessoas estão encontrando para se conhecer melhor, para se relacionarem com o divino. São percepções subjetivas que estão inter-relacionados a religiosidade e a espiritualidade.
No Brasil tem surgido muitas regiões de peregrinações e no mundo existem as áreas tradicionais como Santiago de Compostela, que vem do século 9, Meca, Jerusalém e Roma antiga. Enfim, o que não faltam são rotas para você testar ou conhecer um pouco mais de si mesmo e praticar esse novo conceito de espiritualidade. O que é isso a partir de um caminho? Não existe uma definição pronta e acabada, cada um vai se conhecendo a si mesmo de maneira que as interpretações são pessoais a medida em que se peregrina.
No Brasil, as peregrinações mais conhecidas e mais praticadas são: O Caminho da Luz, na Serra do Caparaó no estado de Minas Gerais que passa por várias cidades; As Sete Missões, caminho que foi utilizado pelos Jesuítas no início da colonização do Brasil, no Rio Grande do Sul; o Jalapão - 700 quilômetros - no Tocantins; a rota Cora Coralina em Goiás, Goiás Velho; Os Caminho de Aparecida - são diversos os caminhos para a basílica de Nossa Senhora Aparecida no interior de São Paulo e, entre essses, o mais famoso e procurado sai de Franca e são 620 km para o templo de Aparecida no interior do estado de São Paulo no Vale do Parnaíba.
Então meus amigos, esse é um tema muito comentado, atualmente, as pessoas procurando esses caminhos para testa ou reforçar a espiritualidade, a luz. Como faço em todos os programas vou dar as cinco dicas das mãos do Seramov, as cinco flechas douradas para uma contribuição a peregrinação. Para que você possa fazer uma peregrinação para conhecer um pouco mais do seu espírito, da sua alma, o seu ser.
A primeira dica: Antes de qualquer coisa, faça o seu roteiro. Qual é o roteiro que você vai fazer. Se é no Brasil ou se é no exterior e qual é o percurso, quantos quilômetros você vai poder andar de acordo com as suas possibilidades físicas. Existem roteiros de todos os agrados tanto no Brasil como no exterior, na Europa, na Ásia, na Oceania, na América Latina. Eu mesmo já fiz Machu Picchu. Uma maravilha, no Peru. Então primeiro você tem que escolher qual é o roteiro que você deseja fazer e estudar detalhes desse roteiro. Tomar conhecimento pelo menos teórico desse roteiro. Ir pra lá já tendo conhecimento dos locais que você vai passar.
A segunda dica: Tomando essa decisão inicial, você tem que fazer um cronograma financeiro, os custos dessa viagem. Pode ser de 15 dias, pode ser 30 dias, então você tem que colocar na ponta do lápis quanto você vai gastar para fazer uma viagem dessa natureza. Em média, os especialistas calculam que em torno de 70 a 100 dólares por dia despesas inclçuindo acomodações maneiras, em pousadas, em pensões, em abrigos. Lewmbre de sua alimentação, seguro saúde, e leve algum dinheiro em efetivo do seu cartão de crédito. A questão financeira é muito importante e delicada pra falar com Deus.
A terceira dica: Você deve escolher antecipadamente (e testar) os equipamentos que vai utilizar na sua caminhada. Se você vai fazer uma caminhada de 800 km, de 500 km, de 400km, que tipo de tênis você vai usar, que tipo de bota você vai uutilizar, meias, blusões, corta-vento, saco de dormir e a mochila que vai carregar. O peso da mochila não deve ultrapassar 10 por cento do peso do seu corpo. Se você tem, por exemplo, 100 kg a sua mochila deve ter no máximo 10 kg de peso. Se você tem 70 kg, a mochila tem que ter 7 kg máximo, lembrando que a medida que vai andando a mochila pesa mais.
Quarta dica: Escolha é se você vai fazer a sua peregrinação sozinho (a), com um parceiro ou uma parceira, um companheiro, uma companheira, ou se você vai fazer num grupo. Eu aconselho que você faça com um parceiro ou parceira. Tem muita gente que faz sozinho porque diz que é uma oportunidade maior de conhecer a si mesmo, de conversar com Deus, de conversar com além e de se conhecer melhor. Com grupo já não é bom porque há uma dificuldade maior de hospedagem e ao mesmo tempo algumas pessoas não são de um mesmo ritmo da outras. Às vezes uma pessoa se sente mal e todo o grupo tem que parar. O melhor é você fazer ou sozinho ou com um parceiro ou uma parceira. Há muitas publicações sobre todos os caminhos e aplicações generalistas sobre guias de caminhadas.
Última dica: Lembre-se que você não vai participar de uma maratona, não vai para Tóquio, você vai fazer uma caminhada espiritual. Pode ser também cultural ou de turismo mas não isenta o espiritual. Você pode conjugar essas três forças. Então faça a caminhada, a peregrinação no seu ritmo. Não se preocupe que alguém passe na sua frente, ou que ficou gozando com você. Nada disso. Vá na sua pisada. Em algum locais tem pessoas ou empresas que conduzem as mochilas, as bags. Não tem problema nenhum. No Caminho de Santiago para o peregrino receber o certificado A Compostela é preciso caminhar - no mínimo - 100 km.
Nessas jornadas as pessoas se desligam da vida que levam, da correria, do estresse, da competitividade e buscam a luz, a espiritualidade, o falar a si mesmo (o interior), meditar e encontrar com Deus. Há relatos os mais variados. E, muitas desses peregrinos, dizem que conseguem seus objetivos. Nessa jornada, não precisa-se de um templo, de um orientador religioso - padre, pastor, monge, guru, etc - ou de leituras de textos religiosos e cada qual se encontra a si mesmo com a natureza.
