E agora, Anna vai ou não vai para São Paulo morar com a amiga? O que teme Anna?
Tasso Franco , da redação em Salvador |
27/04/2021 às 09:18
Júlia sozinha em SP convida Anna para morar com ela
Foto: SERAMOV
O jornalista Tasso Franco publicou nesta terça-feira, 27, o 32º capítulo do seu novo livro "A Prometida de Zorth - o alfa supremo" falando da fuga de Júlia para São Paulo temendo a perseguição de Zorth. Em 'sampa', isolada do mundo, pede a Anna para ir morar com ela. Veja abaixo e os demais capítulos no wattpad. CAPITULO 32
JULIA CONVIDA ANNA PARA MORAR COM ELA EM SÃO PAULO
Uma Júlia determinada foi vista no aeroporto de Salvador com os pais a acompanhando numa despedida em lágrimas. Dona Elanor prometia visita-la em São Paulo assim que fosse possível. Seo Jeremias consolava dona Elanor dizendo que a mudança seria bom para o crescimento profissional da filha. Ficaria, inicialmente, numa casa de família e teria todo o carinho que tinha em sua casa.
Júlia chega a São Paulo e sente o drama de viver numa metrópole. Foi bem recebida pela família e não tinha tempo a perder. Na segunda feira seguinte começaria a frequentar a pós, à noite, e trabalharia como professora auxiliar na própria faculdade.
Crescia como pessoa, independente, andava descontraída pelas ruas focada nos estudos e no trabalho com imensa saudade dos pais e de sua nova paixão: Anna Gretudes.
Dois dias antes de embarcar para São Paulo esteve na oficina de Koosa e mandou que ela tatuasse a palavra Anna ao lado da rosa em sua coxa com letras clássicas, bem românticas. Koosa não se surpreendeu. Sua intuição dizia que seria este o nome da 'borboleta azul'.
Até se sentiu à vontade para fazer uma doce pilhéria: - A borboleta azul vai pousar nesta rosa.
Júlia deu um risinho pelo canto da boca, de aprovação, e um piscar de olhos para Koossa.
Respondeu: - Por longos anos.
Nada falou que dois dias depois iria para São Paulo.
*****
Na capital paulista estava a mil por hora. Em seis meses evoluíra, amealhara algumas econômicas e se sentia com capacidade de alugar um pequeno flat para morar sozinha. Estava bem encaminhada nesta direção. Mandava notícias para Anna com frequência. Zorth havia saído de sua cabeça, completamente. Às vezes, à noite, na solidão do quarto do casal amigo lembrava dele e de suas estocadas, mas seu coração estava voltado para Ana com quem mantinha uma intensa correspondência via Whats Apps.
- A hora está se aproximando, dizia ela a Anna.
- Sinto muita saudade de você. Sua ida para SP abriu um vazio enorme em minha vida.
- Você não perde por esperar, comentava Júlia sem revelar o segredo.
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Anna vai a tatto retocar a borboleta azul e kossa comenta:
- Estou pasma com a viagem da Júlia para São Paulo, uma terra imensa, perigosa, ela uma garota tão frágil.
- É danada, determinada, disse Anna colocando-se na poltrona para retocar a borboleta.
- Essa borboletinha deve estar morta de saudade. Vou avivar bem suas asas para ela dar novos voos.
- Não tem novos voos certos. Ela tá amarrada.
- Vixe, a lobinha paulista é quente. Deixou o rei jururu, tristonho, e essa lobinha sedenta de amor, kkkkk.
- Como sabes do rei? Ele humilhava. Não deve ter sentindo nada.
- Quem é rei, sempre é majestade, quer os súditos aos seus pés, as servas na alcova, kkkkk.
- Você é fdp Koosa. Que língua ferina.
- Sou da Corte, fiel, fidelíssima, e me comporto como uma boa serva para não ter minha cabeça exposta nesta bandeja, pegou a bandeja que Theo lhe dera e mostrou a Anna. Você escapou de receber uma bandeja dessas porque el rei gostou tanto da fruta da putinha fujona que poderia ter lhe degolado num momento de surtar.
- Eu! Que fiz para isso.
- Que fez, queridinha. Roubou o coração desse anjinho e ela tá caída por você. Ainda bem que ela foi embora para bem longe senão, senão, porque quando uma coisa começa e se gosta, o relacionamento é bom, sempre se faz mais.
- Ah! Você tá inventando coisas, vendo estrelas.
- Vendo estrelas uma pika. Se cubra viu bebê.
Anna saiu do estúdio preocupada. Mas, de fato, como Júlia estava fora, longe, Zorth nada faria contra ela porque o relacionamento acabara pela distância.
Iria conversar com o beta Theo para saber se ele tinha conhecimento de alguma coisa.
Anna conversa com Theo:
- Como vai o Zorth com a oficina, os clientes e a ida de Júlia para São Paulo, ela que era queridinha dele?
- Pelo que sei vai ótimo. Ficou chateado no início porque ela partiu sem dizer adeus, mas entendeu, né. Ele tá na dele, a esposa está grávida, feliz da vida.
- Só para saber. Aquele encontro dele com Júlia no seu chalé foi uma trama para me humilhar ou me dar um aviso?
- Nada foi combinado, salvo a caçada. Aconteceu por acontecer. Agora você sabe que com o rei não se brinca. Ele pode, de fato, ter lhe dado um aviso ou lhe humilhado, para mostrar sua força. Espero que v tenha entendido.
- Entendi tudo, tanto que não falei nada e me afastei de Júlia, pelo menos na cama, mantendo apenas a nossa amizade pessoal.
- Acho que v deve se manter assim, distante dela, até que o ciúme do rei acabe. V sabe que ele se invoca com uma putinha humana de vez em quando, lambe, lambe, lambe e depois deixa de lado. Com Júlia foi diferente. Ele permitiu a ela entrar na alcateia e lhe deu o poder da rapidez. Tanto que Zaram tentou matá-la de novo e não conseguiu. Nem conseguirá.
- E quando v acha que ele esquecerá de Júlia?
- Não tenho a menor ideia. Cabeça de rei é cabeça de rei.
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O semestre chegou ao fim e Anna também se formou. Estava apta para trabalhar. Comentou com Júlia sua felicidade e a amiga então revelou o segredo que guardava há quase 1 ano.
- Já estou organizada em SP, aluguei um flat, tô segura no emprego, posso arranjar um emprego para você também por aqui. Está na hora de você vim morar comigo. A casa é pequena, mas o coração é grande. Enviou várias fotos do flat.
Anna tremeu na base. Passou uma semana na dúvida, sem responder a amiga.
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E agora, Anna vai ou não vai para São Paulo morar com a amiga? O que teme Anna?
