Cultura

A PROMETIDA DE ZORTH 15: ZARAM TENTA DEGOLAR JÚLIA NA CALÇADA DO BB

A mulher loba atacou Júlia na calçada ao lado do BB e um carro da Policia que passava na hora salvou a universitária
Tasso Franco , da redação em Salvador | 21/03/2021 às 10:29
Zaram, a mulher loba
Foto: Seramov
      O jornalista Tasso Franco publicou neste domingo, 21, no aplicativo wattpad o 15º capítulo do seu novo livro "A Prometida de Zorth - o alfa supremo" uma nova tentativa de Zaraam, a mulher lobo, matar a jovem Júlia. Veja abaixo e os demais capítulos no watttpad.
  
                                                          CAPITULO 16

                                  

                                        ZARAM TENTA MATAR JÚLIA NA CALÇADA AO LADO DO BB

                                   

      No dia seguinte, a pedido de sua mãe, Júlia foi ao banco pagar uma conta de energia de sua casa, estacionou a moto ao lado da agência bancária e se dirigiu ao estabelecimento, numa boa, portando o capacete com a mão direita. 

    No retorno, assim que saiu do banco e acessou a rua onde estava sua moto uma Hilux prata parou ao seu lado na calçada e uma mulher loura com máscara na face, desceu do veículo agitada, pegou-a pelo seu braço a encostou na parede e rosnou:

   - Sua puta rameira. Não se meta no meu caminho senão chupo seu sangue todo e você vai para o outro mundo.

   Júlia tentava se esquivar o quanto podia, tentou arremessar o capacete na cabeça da loura, ela desviou-se, lhe deu uma chave de braço - o que significa dizer que tinha conhecimento de jiujitsu - arremessou-a no chão e voltou a rosnar com mais intensidade, as unhas da mão esquerda que comprimia seu pescoço crescendo como as de uma loba, e disse: - Zorth tem dono, tem uma preferida de linha e não uma qualquer. Seu coração é meu.

   Em seguida, deu um safanão em Júlia, deixo-a na calçada quase desacordada entrou na Hilux, os pneus do veículo cantaram e o carro sumiu na esquina. 

  Salvou-a da morte um crime um carro da Polícia que passava no local com sirene aberta e assustou Zaram fazendo com que ela fugisse. Não fosse isso, teria degolado Júlia e quebrado os ossos da mina.

   Júlia balançou a cabeça tentando se recuperar, um jovem que passava pelo local lhe amparou para ficar em pé e respirou fundo para recolocar ar nos pulmões e voltar ao normal.

    - Alguém lhe agrediu. Não cheguei a ver quem foi, mas, pareceu-me uma mulher muito forte, lanzuda, confessou o jovem.

   - Nada...nada...acho que tropecei ao sair do banco. Estava com muita pressa, desconversou.

   O rapaz insistiu: - Vi um veículo se afastando e alguém entrando no carro enquanto você estava no chão.

  - Você anotou a placa do carro? perguntou Júlia.

  - Estava sem placa. Era uma Hilux prata dirigida por um homem com máscara.

  Júlia agradeceu o socorro e quando estava ligando sua moto passou pelo local a Harley de Koosa em baixa velocidade e ela viu a garota fazendo de conta que não lhe via.

   A estudante não tinha dúvida. A loura que lhe agredira com olhos cor amarelo ouro, raios penetrantes, era a preferida de Zorth, a mesma que tentou lhe matar no pub da Estação, que lhe fazia mais uma advertência.

   Não comentaria o caso com Zorth, nem com Theo, nem com Anna. Poderia, talvez, falar com Gul. Comentar com seus pais nem pensar.

                                                                  *****

    Na Raio, uma mensagem criptografava chegou ao celular de Zorth: 

   - Vá socorrer seu bebê ... vá dá melzinho ao seu bebê que está com o corpo estendido no chão. 

   E, logo depois, trecho da música de João Bosco, “De Frente pro Crime”: Tá lá o corpo estendido no chão/ Em vez de rosto, uma foto de um gol/ Em vez de reza, uma praga de alguém/ E um silencio servindo de amém.

   Zorth azucrinou. O recado era direto. Alguém tinha atacado Júlia de novo, mas, não queria levantar suspeitas de quem fora.

   Imediatamente, passou uma mensagem para Júlia: - Tudo bem com você?

   - Tudo na paz. Estudando e levando a vida, respondeu.

   - Alguma coisa me diz que você teria passado uns apuros, um probleminha?

   - Nada, uma bobagem. Nei sei pra que você preocupar com isso.

   - Porque sei o perigo que você corre. Se não queres me contar, tudo bem.

  - Sofri o ataque de uma loura muito forte que me derrubou na calçada fazendo-me ameaças.

  - Hum! E como era ela? O que lhe disse?

  - Não deu pra ver sua cara porque estava de máscara. Falou umas bobagens e depois fugiu numa hilux, pelo que me contaram.

   - Ah! Tenha cuidado. Tem gente maldosa nesse mundo. Se cuide. Vou marcar para lhe ver, bjs.

   Júlia agradeceu a atenção de Zorth. Disse que não agendaria um novo encontro e seguiu para casa, claro, preocupada com um novo ataque.

   Na raio, Zorth disparava uma mensagem para seu beta pedindo que desse proteção a Júlia. Sabia que a loura que atacara Júlia era Zaram. Nada poderia lhe falar. Era sua preferida, iria se casar com ela, tradição milenar, tinha que ir engolindo a seco o ciúme da amada. 

   A questão é que Júlia mexia com seu coração e ele teria que arquitetar um jeito de acalmar Zaram. Um caminho seria pedir a Kaline - a nariz de árabe - sua secretária, para aconselhar sua futura esposa a ser maneira, não ter esse ciúme doentio de uma humana inofensiva.

  Fora Karam quem pediu a Zorth um emprego para Kaline, irmã de Kalila, a esteticista da preferida. 

   As três conversavam bastante. As árabes eram descendentes de uma linhagem crina Abud do Egito lobas de origem bem antiga e que seus avós emigraram para o Brasil há muitos anos

   Que trio! Pensava Zorth com seus botões: Zaram, Kalila e Kaline. O caminho poderia ser este para acalmar sua preferida. 

                                                          *****

     No dia seguinte, Zorth pôs um pequeno esparadrapo nos lábios e quando Kaline veio servi-lhe o chá matinal com brioches no escritório da Raio, assim que chegava ao empreendimento das motos, ele colocou a mão na boca e disse: - Traga alguma coisa gelada porque estou com um machucado.

   - Oh! que pena. Desculpe! Vou trazer um suco de uva.

   Em instantes estava de volta com o suco e uns cubos de gelo. 

  - Depois do suco o man colocou gelo no local. Isso passa rápido, confidenciou Kaline.

  - É... a Zaram deu-me uma chupada com mais força. Anda brava. Jogou o verde para colher maduro.

  - Não tenho intimidade com o senhor para falar nesse assunto. Minha irmã me contou que, de fato, Zaram anda numa ciumeira terrível.

  Zorth retirou o curativo e pediu para Kaline passar o gelo protegido com o pano em sua boca. Kaline atendeu, toda desconfiada, e disse: - O senhor tá sem machucado algum! Boca normal.

   Zorth pegou-a firme pelo punho e disse: - O que você sabe do ciúme de Zaram. Diga, rosnou. Suas garras cresceram e perfuraram o punho da secretária.

   Kaline tremeu. O sangue pingava no chão. Kalila me disse que ela tá com ciúme de uma puta humana que o senhor tá paquerando. 

   - Que maluquice é essa! Donde ela colocou isso na cabeça.

  - Não sei. É uma tal de Júlia que mora na Serra e é muito bonita. Tem olhos tentadores, cagoetou Kaline.

   - Você vai levar um pacote de chá de camomila pra Zaram.

  - Deus me livre. Ela pode se vingar de mim.

  - Vai levar em meu nome e nada lhe acontecerá.

  Kaline tremia dos pés à cabeça enquanto Zoth escrevia um bilhete para a amada. Estendeu a garra do polegar no sangue da árabe e assinou em vermelho.

  - Tá aqui. Vou ler para você. “Princesa, pra você ficar calma e saber que sou todo seu” . E a assinatura em vermelho. 

   Kaline seguia tremendo, a ponto de fazer xixi na calcinha, sangue e mijo escorrendo para seu sapato.

   - É um recado também para você putona. Se me traíres chupo sua jugular e mato minha sede bebendo seu sangue.
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*** E agora, Júlia ainda vai insistir em conquistar Zorth, o noivo de Zaram?