Cultura

SECRETÁRIO DA SAÚDE CRITICA LIVES DO CARNAVAL E NÃO VÊ O OUTRO LADO

Algumas lives as empresa estão bancando para ajudar os músicos
Tasso Franco , da redação em Salvador | 15/02/2021 às 10:39
Fábio Vilas Boas com criticas parciais
Foto: SECOM
O secretário de Saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas-Boas, usou as redes sociais, na manhã desta segunda-feira, 15, para criticar as transmissões de lives no Carnaval em plena pandemia da Covid-19. De acordo com ele, os shows dos artistas criam uma falsa ideia de normalidade.

“Essas lives de Carnaval, além de revelar falta de compaixão com o sofrimento das famílias baianas enlutadas, emitem sinais de uma pseudo normalidade que não nos interessa alimentar”, diz o post divulgado no perfil oficial de Vilas-Boas no Twitter.

Mais cedo, o secretário já havia criticado as lives em uma entrevista à TV Bahia. Segundo ele, não há nada o que comemorar. “O momento que estamos vivendo é grave”, declarou.

COMENTÁRIO DO BAHIA JÁ

Em parte, o secretário de Saúde, tem razão entendendo-se que uma live carnavalesca remete a folia, alegria. Mas, tem-se que olhar o outro lado da questão, a cultura carnavalesca e quem vive dela, não só os grandes artistas que são endinheirados, mas também os músicos e produtores culturais. 

Algumas empresas bancaram lives para ajudar essas pessoas. Diria que, ao menos o que sabemos, duas entidades representativas do Carnaval, o Olodum e o Ilê Aiyê, passam por imensas dificuldades para se manterem vivas com seus projetos e pagando os músicos e artistas que integram suas equipes. As lives ajudam. Ninguém está comemorando nada, salvo a vida.