Conheça a história de sua cidade e compartilhe com os amigos são as dicas da mão espiritual de Seramov
Tasso Franco , da redação em Salvador |
30/12/2020 às 09:42
Marco da chegada das naus de Thomé de Souza em Salvador
Foto: BJÁ
O jornalista Tasso Franco publicou nesta quarta-feira o 5ª texto do seu livro "A Mão Espiritual de Seramovo - linhas que iluminam seu futuro" no aplicativo wattpad. Leia abaixo e os demais artigos no wattpad.
A CIDADE E SUA HISTÓRIA
Falar de sua cidade, da localidade onde você mora é muito importante.
Comento sobre o Porto da Barra, na cidade de Salvador, cidade que eu vivo há 50 anos. Sou filho do interior da Bahia e moro na capital Do Estado. Vou contar um pouco da história desta cidade.
Quero dizer a vocês que toda a cidade tem sua história. Pode ser uma cidade pequena, pode ser uma cidade média, pode ser uma cidade grande. Toda localidade tem sua história seus pontos turísticos, seus pontos históricos para visitá-los.
Foi no Porto da Barra, nessa enseada que Thomé de Souza e sua esquadra chegaram no dia 29 de março de 1549 para fundar a cidade do Salvador. As naus ancoraram perto da praia.
Eram oito naus. São Salvador, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora D'Ajuda, duas caravelas Leoa e Rainha, o bergantin São Roque e mais duas naus comerciais para levar pau Brasil para o reino. Extamente para custear um pouco as despesas com a viagem de Thomé de Souza.
Nessa área já existia a Vila do Pereira Coutinho. Do primeiro donatário da capitania hereditária da Bahia que chegou em 1536 para governar a capitania e instalou uma vila, chamada Vila Velha ou Vila Velha do Pereira. E mais acima ali tinha um morro, morrinho da Barra; e era ali onde morava Diogo Álvares, o Caramuru, que chegou aqui em 1510 colocado pelos franceses para fazer comércio de pau brasil com a França.
Conta a história, que o Pereira Coutinho era apelidado de “Rusticão” - camarada bruto - e se desentendeu com os tupinambás que viviam numa aldeia. Queria que os índios trabalhassem em engenhos. Ele então não teve êxito na instalação da capitania hereditária, entrou em conflito com os tupinambás e pediu socorro à Caramuru, diante de cerco a Vila.
Deslocaram-se de barco até Porto Seguro para pedir ajuda ao donatário de lá – Pero de Campo Tourinho – o qual disse que tinha muitos problemas e não poderia fazer nada. No retorno a Salvador a nau do donatário da Capitania da Bahia naufragou na Baía de Todos os Santos próximo a ilha de Itaparica e os tupinambás devoraram Pereira Coutinho. Comeram. Os tupinambás eram antropófagos, comiam carne humana como se come peixe, como se come um filé de boi hoje.
A morte de Coutinho repercutiu muito na Corte, em Lisboa. Diante destes conflitos, o rei de Portugal Dom João III resolveu finalmente colonizar o Brasil de uma vez por todas instalando na Bahia o governo geral e trazendo Thomé de Souza, acabando a briga com Caramuru, acabando com a comercialização de madeira com os franceses, acabando com as capitanias hereditárias e instalando o governo geral no Brasil. E fundando a cidade de Salvador a partir de 29 de março de 1549.
Com Thomé de Souza veio toda burocracia – autoridades do mar, da Fazenda e do Judiciário, padres de missa, homens em armas, carpinteiros, pedreiros, mestres de obras, degredados e aventureiros para montar a primeira capital do Brasil Colonial. E assim, nasceu a cidade do Salvador da Baia, capital da Colônia até 1763, quando a sede foi deslocada para o Rio de Janeiro.
Agora vou dar 5 dicas da mão de Seramov que servem para iluminar seu caminho:
1. Faça uma pesquisa sobre a história de sua cidade. Pode ser pela internet, pode ser por um livro, vá a biblioteca, consulte, conheça a história do local onde você vive.
2. Visite os pontos turísticos e históricos da sua cidade. Saia de casa, isso é importantíssimo. Saia com amigos, saia com sua família, saia com grupo para conhecer esses pontos.
3. Pega o material que você fotografou, que filmou, que desenhou e compartilhe com seus amigos isso vai dar um prazer enorme pra você.
4. Por menor que seja sua localidade ela tem uma história que pode lhe surpreender.
5. A história de um estado, de um país, é feita de pequenas histórias das localidades e do seu povo. Esse conjunto de pequenos fatos é que compõe o geral.
