Cultura

MORRE A ATRIZ NICETTE BRUNO INTERNADA HÁ DUAS SEMANAS COM COVID

A atriz foi casada com o ator Paulo Goulart
Da Redação , Salvador | 20/12/2020 às 14:37
A atriz tinha 87 anos de idade
Foto: REP

Morreu neste domingo (21) a atriz Nicette Bruno, aos 87 anos. Ela estava internada com Covid-19 na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Casa de Saúde São José, no Humaitá, no Rio de Janeiro.

Internada há quase duas semanas, o quadro da artista já “era considerado muito grave”. Nicette estava sedada e dependente de ventilação mecânica.

Carreira

Nicete Xavier Miessa, mais conhecida pelo nome artístico Nicette Bruno, nasceu em Niterói, em 7 de janeiro de 1933. A estreia profissional dela ocorreu em 1945, na peça teatral Romeu e Julieta, baseada na obra de William Shakespeare.

Nicette foi casada com o também ator Paulo Goulart, com quem ela teve três filhos, os atores Beth Goulart, Bárbara Bruno e Paulo Goulart Filho. 

Os trabalhos da atriz na TV incluem Rosa dos Ventos (1973), Éramos Seis (1977), Selva de Pedra (1986), Bebê a Bordo (1988), Rainha da Sucata (1990), Mulheres de Areia (1993), A Próxima Vítima (1995), Sítio do Picapau Amarelo (2001–04), Alma Gêmea (2005), Sete Pecados (2007), A Vida da Gente (2011), e outras obras televisivas. 
Os dois se casaram dois anos depois, em 1954, e ficaram juntos até a morte de Paulo, em 2014. Juntos, tiveram três filhos que seguiram a carreira dos pais: Paulo Goulart Filho, Bárbara Bruno e Beth Goulart.

"Eu e Paulo tínhamos uma afinidade cênica muito grande. Tanto que nos conhecemos em cena, né?", disse a atriz.

"Trabalhar juntos era muito bom, porque tínhamos a mesma seriedade, sabíamos separar a nossa relação. Quando estávamos em cena, éramos personagens, não a nossa individualidade."

O casal também fundou em 1953 a companhia Teatro Íntimo de Nicette Bruno, que teve participação de nomes como Tônia Carrero e Walmor Chagas.

Pouco tempo antes, começou também sua carreira na televisão. Em 1950, com a estreia da TV Tupi, participou de recitais e de teleteatros.

"Tudo isso era a época de televisão ao vivo, não havia ainda o videoteipe. Nós fazíamos televisão como fazíamos teatro. Era um teatro televisionado", afirmou Nicette. "Com o videoteipe, começou-se a se criar uma nova linguagem de atuação em televisão."

Na emissora, atuou na primeira adaptação do "Sítio do Picapau Amarelo", exibida entre 1952 e 1962. Anos depois, estrelaria uma segunda versão da obra de Monteiro Lobato, produzida pela Globo entre 2001 e 2004, como Dona Benta.