Cultura

8 DE NOVEMBRO DE 1798 MARCA DATA DA REVOLTA DA CONJURAÇÃO BAIANA

Revolta aconteceu na cidade do Salvador contra dominio de Portugal
Tasso Franco , da redação em Salvador | 07/11/2020 às 19:14
Os 4 negros executados
Foto: DIV
  A Conjuração Baiana ou Revolta dos Alfaiates, mais recenemtne também chamada de Revolta dos Búzios aconteceu em 1798 contra o poder colonial na Bahia. Um manifesto do Conen exalta o seguinte:

   Esta é uma data dentre outras, a qual deve compor  o elenco de reflexões políticas  de todos aqueles e aquelas  compromissados(as) com a luta por uma sociedade verdadeiramente  justa, pois foi neste dia do final dos século XVIII, que a ação assassina do poder colonial concluiu sua trajetória  de violências contra aqueles e aquelas que ousaram  contestar e  se rebelarem contra a Coroa de Portugal representada pelos poderes locais.

Expressaram os/as opressores e assassinos escravocratas toda sua raiva contra a procedente rebeldia, não apenas culpabilizando os/as principais lideres, mas condenado à pena de morte por enforcamento 4  deles,  os negros  João de Deus do Nascimento, Lucas Dantas de Amorim Torres, Manuel Faustino Santos Lira e Luís Gonzaga das Virgens e Veiga .
Como se não bastasse a satisfação de enforcá-los, seus corpos foram esquartejados e as partes afixadas em pontos de grande visibilidade  da Cidade de  Salvador.

Todo este ritual de demonstração de poder, foi montado enquanto um espetáculo encenado na Praça da Piedade presenciado por toda a elite residente no período assistindo com deleite.

A tomada de consciência negra proativa, nos conduz a conhecer e pesquisar sobre este capitulo da história de  resistência e luta da população negra, o qual apesar  de não ter conquistado o sucesso desejado,  se constitui em  exemplo de determinação  necessária ao enfrentamento  das injustiças sócio - raciais dos dias atuais.
Nos, que vivenciamos o racismo nos tempos atuais, enquanto descendentes dos irmãos e irmãs daquela luta, não podemos decepcionar suas memórias e legados. 
 
O grito de guerra emitido por eles e elas, continua ecoando nos nossos ouvidos, penetrando em nossas mentes e vibrando em nossos corações.