Cultura

FRANÇA PRENDE 9 SUSPEITOS DE MATAR PROFESSOR QUE EXIBIU CHARGE MAOMÉ

Caso provoca indignação na França e há várias manifestações em defesa da liberdade de expressão. Com Le Monde.
Tasso Franco , da redação em Salvador | 17/10/2020 às 12:12
Flores são depositadas em frente a escola onde o professor ensinava
Foto: Le Monde
Entre a noite de sexta-feira (16) e a madrugada deste sábado (17), a polícia francesa prendeu mais quatro suspeitos de estarem envolvidos na morte de um professor que exibiu caricaturas de Maomé durante uma aula sobre liberdade de expressão em Conflans-Sainte-Honorine, cidade próxima a Paris. Ao todo, o número de detidos pelo crime subiu para nove.

O Elysée anunciou no sábado (17 de outubro) que uma "homenagem nacional" seria prestada a Samuel Paty, o professor decapitado sexta-feira nas Yvelines. Esta homenagem, cuja data ainda não foi marcada, será organizada em coordenação com a família, afirmou a Presidência da República. Emmanuel Macron visitou o local do ataque na noite de sexta-feira em Conflans-Sainte-Honorine, onde denunciou um "ataque islâmico marcante".

Nesse ínterim, vários comícios foram organizados em diferentes cidades da França, incluindo um em Paris, Place de la République, às 15h, agendado para domingo, 18 de outubro, por convocação de várias associações anti-racismo. Um conselho de defesa, presidido pelo Presidente da República, vai decorrer no fim-de-semana, segundo informações de fonte próxima do Executivo à Agência France-Presse.

Após a tragédia, a cidade de Conflans-Sainte-Honorine permanece paralisada. As flores são empilhadas em frente ao colégio Bois-d'Aulne, alunos e pais se seguem silenciosamente para colocar uma rosa branca ao pé dos portões, segurando alguns pôsteres "Eu sou um professor". Dentro do estabelecimento foi instalada uma unidade psicológica. Atualização sobre o que sabemos.

Leia o relatório: O medo dos habitantes de Conflans-Sainte-Honorine após o assassinato de um professor, decapitado "por um monstro"