Délio era um intelectual, boa prosa, um incentivador da literatura ao lado de Paulo Bina, na Assembleia Legislativa da Bahia
Tasso Franco , da redação em Salvador |
30/08/2020 às 18:43
Délio (na tribuna) comandou o projeto de edições de livros da ALBA por 14 anos
Foto: ALBA, 2018
Morreu neste domingo, 30, em Salvador, vitima de infarto o escritor e ex-professor universitário de Geologia, na UFBA, ex-assessor da área de cultura da Assembleia Legislativa, Délio Pinheiro, 75 anos de idade. Deixa viúva Jussara Pinheiro, também ex-professor da UFBA, 2 filhos, Julia e Pedro, e 3 netos.
Délio era crítico literário e bom analista da cena baiana e brasileira na política e na literatura. Foi professor do mestrado Geologia, UFBA, diretor de Geociências e trabalhou na Bahiatursa e na CBPM. Assessor de Assuntos Culturais da Assembleia Legislativa por 14 anos e comandou o projeto Editorial da Assembleia, onde publicou cerca de 300 títulos.
Sobre a obra “Humberto de Campos – Um exemplo de vida” de autoria do jornalista Almir de Oliveira, Délio afirmou na época que a obra é magnífica. “Fiquei honrado em prefaciar e confesso que não foi uma tarefa fácil, justamente em função do amor que o autor demonstra a Humberto de Campos”, disse.
Délio afirmou que Humberto de Campos foi um exemplo de que nem sempre a escola formal é fundamental na formação de grandes escritores.
Falou ainda da importância da leitura na vida das pessoas. “Por pior que seja um livro sempre se aprende algo. Humberto de Campos, como autodidata, se formou justamente através da leitura”, disse. Finalizou citando Mário Quintana que dizia: “Os livros não mudam o mundo, os livros mudam os homens. Os homens é que mudam o mundo”.
