Cultura

MICARETA DE FEIRA deixa saudade para milhares de foliões da pipoca

Terminou no último domingo
Da Redação , Salvador | 29/04/2019 às 17:26
Queima no preço das bebidas no domingo
Foto: ACM
Micareta de Feira termina com maior sucesso. A grade de atrações, com presença de artistas de destaque no cenário nacional, transformou o Circuito Maneca Ferreira, na avenida Presidente Dutra, no metro quadrado mais disputado do planeta. Durante os quatro dias da festa, encerrada neste domingo, 28, milhares de pessoas disputaram espaço atrás do trio, formando um imenso tapete colorido e animado.

O folião pipoca não economizou energia e extravasou na avenida, em ritmos frenéticos que confirmaram a Micareta de Feira como a mais animada. E, no último dia da festa, ninguém queria se despedir, demonstrando ainda ter fôlego para muito mais festa.

Reggae, pop, afro, samba, eletrônica, axé, rock e diversos outros ritmos marcaram a animação e fizeram os foliões pularem. Na grade dos artistas contratados pelo Governo do prefeito Colbert Martins Filho as presenças de Bell Marques, que se apresentou na abertura da Micareta, na noite de quinta-feira, 25, Cláudia Leitte, Daniela Mércury, Chiclete com Banana, Netinho, Timbalada, Saulo, Harmonia do Samba, Edson Gomes, Lambasaia, Parangolé, dentre outros.

LATINHAS

O trabalho realizado por centenas de catadores de latinha de alumínio e pouco mais de uma dezena de compradores deste produto movimentam este setor da reciclagem durante a Micareta.

Os compradores estimam que mais de 30 toneladas de latinhas são recolhidas do Circuito Maneca Ferreira nos quatro dias de festa. Projetam uma receita, apenas com a coleta, de aproximadamente R$ 150 mil.

Ceará da Reciclagem, que mora no distrito de Maria Quitéria, disse que espera comprar mais de quatro toneladas. “Já enviei quase 50 bags para Salvador e muitos outros estão num depósito perto daqui”.

A quantidade de vendedores às vezes era tanta que fazia fila. “Neste ano as compras estão boas devido ao fato de não haver uma cervejaria específica”. O dinheiro fica entre os seus dedos.

São necessárias mais de cinquenta latinha para conseguir um quilo. O quilo foi comprado por R$ 3 – e, de acordo com os compradores são revendidas por R$ 4. “O lucro compensa, mesmo mínimo”. Diz Pantaleão Filho. O R$ 1 representa um ganho de pouco mais de 30% com relação ao valor da compra.

Projeta que neste ano vai comprar duas toneladas – já teria colocado nas suas mochilas grandes mais de 1,5 tonelada. “Agora vou para outras festas e fazer novas compras”. A vida destes compradores é feita de festas. “Mas a gente não participa. Só trabalha”.

Quem cata as latinhas comemora a boas vendas e o faturamento. “Neste já ganhei mais de R$ 200”, afirmou Robson do Nascimento Silva, há seis anos na atividade. É um trabalho de formiguinha numa atividade que volume não significa grandes ganhos, devido ao peso da latinha.