Criada pelo padre Carlos Ribeiro no ano de 1930 a Procissão do Fogaréu completou 89 anos. O ato religioso se tornou um dos mais tradicionais no Brasil e cumpre sempre um ritual de acontecer depois da missa da Missa de Lava Pés da quinta-feira santa presidida pelo bispo Dom Ottorino Assolari.

Este ano a Prefeitura Municipal inovou quando colocou uma gambiarra de luzes na cor azul em formato de terço envolta da imagem de Senhora Santana.

A celebração teve inicio por volta das 19h e como sempre com a catedral lotada de fiéis, inclusive nas galerias e área externa, na homilia o bispo Dom Ottorino falou sobre a Paixão e Morte de Jesus Cristo, sempre trazendo o tema para os dias atuais.

Dom Ottorino Assolari celebra missa do Lava Pés | Foto: Raimundo Mascarenhas

Após a celebração nas escadarias da Catedral aconteceu a primeira parte da encenação quando Cristo é entregue aos soldados e começa a ser torturado, enquanto isto os fiéis acendem as velas e organizam as filas da procissão que é acompanhada pela Guarda Municipal, ambulância, Polícia Militar, Tiro de Guerra (exército) e Policia Civil que sempre ao final do percurso não precisam agir e cada componente passa a ser mais um entre os milhares de fiéis.

Com um percurso de aproximadamente 4 quilômetros saindo da Catedral até a Colina de Santana, a procissão passa pela Rua Manoel Chileno, Avenida Joaquim Hortélio, Rua Mariano Ribeiro, Praça Luís Nogueira, saída para o Município de Barrocas, depois de aproximadamente 1 km a multidão dobra a direita e segue por uma estrada de areia até a colina sagrada, parte considerada mais espetacular quando a iluminação acontece apenas pelas luzes das velas.

Final da Avenida Antônio Rodrigues Nogueira e inicio da BA 411 | foto: Raimundo Mascarenhas

Na colina uma estrutura de palco e som é montada para outra parte da encenação da Paixão e Morte de Jesus e mais uma participação do bispo.

Dentre a grande multidão a tradicional procissão contou com a presença de lideranças politicas em nível estadual e municipal